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Texto
extraído de Ruy Moreira. “Inovações Tecnológicas e Novas Formas de Gestão do
Trabalho”. (Palestra promovida no Depto. de Geografia da UFF em 24/10/95 pela
AGB-Niterói)
Nosso
cotidiano atual está invadido de expressões indicativas de que o mundo entra
neste [início] de século num novo período de estruturação da técnica e de alinhamento
das relações entre capital e trabalho. Fala-se de uma nova revolução industrial.
Conhecemos
até agora duas revoluções industriais. Está em curso a terceira. Veremos as
duas primeiras para poder situarmos a terceira.
A primeira
revolução industrial ocorre na Inglaterra no século XVIII (1780-1830). A
Inglaterra é o primeiro país a passar por esta revolução paradigmática e assim
a organizar-se maduramente no seu padrão.
Por volta de
1830, a primeira revolução industrial se completa na Inglaterra, e daí imigra
para o continente europeu. Chega à Bélgica e França, países próximos do
arquipélago britânico. por volta dos meados deste mesmo século XIX, atravessa o
Atlântico e ruma para os Estados Unidos. E, no final do século, retorna ao continente
europeu para retomar seu fio tardio na Alemanha e na Itália e ao mesmo tempo
saltar terras e mares para chegar ao Japão.
Quando chega
aos Estados Unidos e países do capitalismo tardio(Alemanha, Itália e Japão), a
primeira revolução industrial já está cedendo lugar à segunda revolução
industrial. De modo que o sistema industrial desses países vai combinar às
características da primeira elementos característicos já da segunda revolução industrial.
A segunda
revolução industrial começa pelos fins do século XIX. Por volta de 1870. Mas a
transparência de um novo ciclo só se dá nas primeiras décadas do século XX. O
século XIX transita para o século XX governado por essa transição de um período
técnico e de trabalho para outro, o da primeira para o da segunda revolução
industrial. É por isso que a segunda revolução industrial é tomada como um
fenômeno muito mais dos Estados Unidos que dos países europeus.
“É a segunda
grande guerra o grande impulsionador da sua expansão e mundialização. As
necessidades bélicas empurram a tecnologia da segunda revolução industrial a se
desenvolver tão rapidamente, que nem bem a guerra termina e as velhas
indústrias da primeira revolução industrial já começam sua migração dos Estados
Unidos, da França, da Alemanha, da Inglaterra e do próprio Japão para os países
ainda agrários de então. É a vez de se industrializarem a América Latina, a
Ásia e mesmo países da África. É assim que quando estes países se industrializam,
se industrializam misturando paradigmas da primeira e da segunda revolução
industrial.
“A década de
50 marca a chegada da revolução ao Brasil. A indústria fabril já aparece no
Brasil nos finais do século XIX. São indústrias que vão aparecendo em São Paulo,
Porto Alegre, Rio de Janeiro, típicas ainda da primeira revolução industrial,
com incorporações de poucas das características da organização e administração
da segunda revolução industrial. Mas só na década de 50 é que a revolução
industrial vai realmente se instalar no Brasil(idem América Latina, Ásia e
partes da África) e incorporar toda a sociedade ao seu sistema de economia.
“Acontece
então que quando a segunda revolução se instala entre os países do chamado
Terceiro Mundo, o mundo industrial já manifesta os sinais da terceira revolução
industrial. E chega assim com características misturadas da segunda com as da
terceira revolução industrial. De modo que quando a segunda revolução
industrial chega trazendo para o Brasil a sua revolução industrial, nos Estados
Unidos já está se começando a produzir o computador, que é o elemento
característico de sinalização já de um terceiro ciclo de revolução industrial,
a terceira revolução paradigmática. Hoje, quando o Brasil se torna um país
altamente industrializado, seu sistema industrial combina elementos
característicos da técnica e do trabalho da segunda e da terceira revolução
industrial.(...)
A primeira
revolução industrial e o paradigma manchesteriano
O ramo
característico da primeira revolução industrial (1780-1830) é o têxtil de
algodão. Ao seu lado aparece a siderurgia, dado a importância que o aço tem na
instalação de um período técnico apoiado na mecanização do trabalho.
A classe
trabalhadora típica desse período técnico e de trabalho é por isso o operariado
das fábricas têxteis.
O sistema de
técnica e de trabalho desse período é o paradigma manchesteriano, nome dado por
referência a Manchester, o centro têxtil por excelência representativo desse
período...
A tecnologia
característica é a maquina de fiar, o tear mecânico, o descaroçador do algodão.
Todas são máquinas movidas a vapor originado da combustão do carvão, forma de
energia por excelência desse período técnico. ...
A base do
sistema manchesteriano é o trabalho assalariado, cujo cerne é o trabalhador por
ofício. Um trabalhador qualificado e geralmente pago por peça.(...)
Uma
característica básica dessa organização é a porosidade. Isto é, a grande
quantidade de tempos de interrupção que o trabalhador precisa fazer no seu trabalho.
Uma vez que realiza o seu trabalho utilizando diversos tipos de ferramenta e
executa sua função se deslocando entre diferentes pontos da fábrica, o
trabalhador de ofício é obrigado a interromper seus movimentos para pegar esta
ou aquela ferramenta que usa, este ou aquele material que manipula como
matéria-prima, bem como para deslocar-se entre este e aquele lugar onde vai
executar sua ação. Este espaço de tempo que medeia entre uma parada e outra é
um poro, sendo comum um dia de trabalho ser intercalado de muitos poros. Ao
final da jornada, estas interrupções somam um tempo parado expressivo que
interfere no ritmo e velocidade do desempenho do trabalho, influindo
determinantemente no custo e na produtividade do sistema.
É um
trabalho pesado, estafante e extremamente insalubre, por realizar-se em prédios
em regra sem uma luminosidade mínima e um mínimo de ventilação, numa jornada
que se alonga às fezes por mais de 12 horas.(...)
O elemento
articulador das relações e determinador da distribuição da riqueza social
produzida é a relação de mercado. O Estado deixa a regulação da economia para
as regras do mercado...
A relação de
mercado regula assim desde o nível salarial dos patrões e empregados até o da
formação e redistribuição dos lucros entre as empresas em sua competição nos
mercados local, nacional e internacional.
Diz-se
liberal esta forma de regulação, porque neste período técnico e de trabalho
impera a regra do liberalismo político(o Estado só atua no plano do funcionamento
geral do sistema do capitalismo) e econômico (as relações entre patrões e
empregados são diretas e são livres as disputas de mercado).(...)
A segunda
revolução industrial e o paradigma fordista
A segunda
revolução industrial tem suas bases nos ramos metalúrgico e químico. Neste
período o aço se torna um material tão básico que é nele que a siderurgia ganha
sua grande expressão. Fala-se de uma era do aço... A imagem da segunda
revolução industrial está associada à indústria automobilística, ramo dependente
dos ramos básicos, mas que assumirá o centro de gravidade desse período
técnico.
O
trabalhador típico desse período é o metalúrgico, tipo de operário que encontraremos
espalhado pelos ramos metalúrgico, metal-mecânico e eletromecânico.
O sistema de
técnica e de trabalho desse período é o paradigma fordista. Termo que remete ao
empresário Ford, criador na sua indústria de automóveis em Detroit, Estados
Unidos...
A tecnologia
característica desse período é o aço, a metalurgia, a eletricidade, a
eletromecânica, o petróleo , o motor a explosão, a petroquímica. A eletricidade
e o petróleo são as formas de energia que movimentam as máquinas e um sistema
de transportes de grande rapidez e capacidade de deslocamento onde a rodovia e
a navegação aérea vêm se somar a ferrovia e à navegação marítima.
A segunda revolução
muda e transforma por inteiro ...a sociedade.
Encarnando a
novidade da automação, Ford cria a linha de montagem. Apoiada numa esteira
rolante, a linha de montagem, típica do fabrico de automóveis, é o processo
técnico que ficará registrado como a forma mais característica de automação,
com a qual introduz na indústria a produção padronizada, em série e em massa.
O efeito
sobre a organização do trabalho é o de uma radical reestruturação. Com o
fordismo um trabalhador desqualificado surge no lugar do velho trabalhador de
ofício com função puramente de executar dentro da fábrica uma tarefa de trabalho
específica, simples e integrada, que qualquer trabalhador pode realizar em um
tempo curto e repetidas vezes com grande ritmo de velocidade. O trabalhador
qualificado por ofício do paradigma manchesteriano desaparece para dar lugar
assim ao trabalhador de tarefas especializadas e que desnecessita de qualquer
qualificação profissional.
O exemplo é
a esteira da linha de montagem do automóvel. Ao longo da rolagem da esteira o
automóvel vai sendo montado peça a peça. Começa numa ponta com a primeira peça,
na medida que a esteira se desloca as peças vão se juntando umas às outras, até
que ao final se junta a última peça e o automóvel está pronto. Os trabalhadores
ficam dispostos ao longo da esteira rolante, cada qual num posto de
trabalho(daí a origem desse termo e da expressão “eliminação de postos de trabalho”
usada em época de desemprego), esperando com uma peça na mão que chegue até ele
o conjunto de peças já acopladas para que junte a um ritmo de velocidade
acelerada e ininterrupta. Uma função mecânica, extenuante e para a qual não se
precisa pensar. Pensar é função de um especialista, o engenheiro, que planeja
para o conjunto dos trabalhadores dentro do sistema da fábrica.
Temos aqui a
principal característica do período técnico da segunda revolução: a separação
entre concepção e execução, separando quem pensa( o engenheiro) e quem
executa(o trabalhador massa). É pois o taylorismo o que está na base do fordismo.(...)
Observando o
sistema do trabalho existente nas indústrias dos Estados do final do século
XIX, e notando sua porosidade, Taylor elabora um sistema que designa de
organização científica do trabalho(OMT). Consiste esta organização em separar o
trabalho de concepção e o trabalho de execução, com o intuito de, a um só
tempo, retirar dos trabalhadores de ofício a autonomia própria do paradigma manchesteriano
de que ainda desfrutam dentro do trabalho fabril e assim submetê-los a um forte
controle patronal através dos seus engenheiros. Em passar para a classe
patronal e seus engenheiros a função de pensar e deixar para a massa dos trabalhadores
a função exclusiva de executar. Desqualificando e massificando o trabalho e
qualificando o capital. O alvo são os movimentos gestuais do trabalhador e as
ferramentas que utiliza. Para isso, o trabalho manual é reduzido ao máximo da
sua simplificação. Gestos e ferramentas são decompostos e reduzidos nos seus aspectos
mais simples, de modo a assim poderem ser reduzidos à especialização mais
absoluta. O trabalhador fica limitado a uns poucos movimentos corporais e ao
uso das poucas ferramentas a eles correspondentes. E o trabalho é transformado
numa rotina de repetição ao infinito dos mesmos gestos e numa cadência de velocidade
crescente.
Daí o
trabalho taylorizado ser especializado, fragmentado, não-qualificado, intenso,
rotineiro, insalubre e herarquizado. Sobretudo hierarquizado. Há um engenheiro
em cima, projetando no escritório, para que os de baixo executem no chão da
fábrica. Para que chegue aos trabalhadores de execução o projeto deve passar
por toda uma rede intermediária de (técnicos) e chefias. A fábrica é dividida
em vários setores, cada setor tendo um chefe. Se o número de trabalhadores do
setor é ainda grande, as chefias são dividias em comando de grupos de quatro ou
cinco trabalhadores de execução. (...) Uma tal hierarquia, dita engenharia
gerencial, implica uma face de vigilância que é quase uma condição da
organização do trabalho do período técnico do trabalho da segunda revolução
industrial e uma de suas mais fortes características.
O
investimento nas empresas da segunda revolução industrial é por isso muito
alto. A começar pela grande soma que pede de tempo e recursos de pesquisa
necessária à geração de sua tecnologia. Por isso que no centro desse período técnico
estão a ação do Estado e o poder dos monopólios. Grandes empresas estatais e
privadas dominam o sistema econômico no seu todo, da escala nacional à
internacional, a escala local praticamente desaparecendo.
Morre então
o liberalismo clássico de Adam Smith e Ricardo como ideologia de época. É, ... substituído pelo keynesianismo, o
Welfare State, o discurso macroeconômico do monopolismo empresarial e do Estado
que passa a vigorar após 1930.
A terceira revolução
industrial e o paradigma toyotista
O século XX
termina com a crise do paradigma taylorista-fordista. No lugar do seu sistema
rígido de regulação técnica e do trabalho vai surgindo o sistema flexível da
terceira revolução industrial, baseado no TQC, CCQ, JIT
(just-in-time/produção-a-tempo), kanban, reengenharia. Expressões do paradigma
em formação.
Os ramos
básicos da terceira revolução industrial são os ligados à microeletrônica. Mas,
assim como no caso da segunda, é a indústria automobilística o ramo que forma o
paradigma técnico e do trabalho. Denomina-se toyotismo, nome tirado da fábrica
Toyota.
A tecnologia
característica desse período técnico que no Japão se inicia é a
microeletrônica, a informática, a máquina CNC(de controle numérico computadorizado),
o robô, o sistema integrado, a telemática(telecomunicações informatizadas), a
biotecnologia. Sua base mistura à Física e à Química, a Engenharia Genética e a
Biologia Molecular.
Mas dessa
tecnologia faz parte também um conjunto de novos materiais, em particular os
semicondutores, importantes na montagem do próprio sistema tecnológico.
O computador
ocupa um lugar central. O computador é uma máquina. Mas de novo tipo.
Diferente. A máquina paradigmática das duas revoluções industriais anteriores é
uma máquina de movimentos rígidos e incapaz de mínima reciclagem que no decurso
da produção se faça necessário. O computador é uma máquina flexível. Composto
de duas partes. O hardware e a do software...
A
organização do trabalho sofre uma profunda reestruturação. Uma conseqüência
imediata do emprego do computador é a reaproximação entre o trabalho de
concepção e o trabalho de execução. E
que vai ser uma característica central do novo paradigma. Disso resulta um
sistema de trabalho polivalente, flexível, integrado em equipe, menos
hierárquico. computadorizada, a programação de conjunto é passada a cada setor
da fábrica para discussão e adaptação em equipe(CCQ), onde se converte num
sistema de rodízio de tarefas que restabelece a possibilidade de uma ação criativa
dos trabalhadores ao nível de setor.
Todavia, os
problemas de esgotamento e estenuação do trabalhador ainda mais ampliam em
relação ao sistema fordista. Como o sistema de trabalho toyotisma se dá em
rodízio dentro do setor para o fim de alternagem das tarefas, cada trabalhador
passa operar com duas ou três máquinas de um só vez, daí resultando um grau
ainda maior de estressamento.
Toda essa
flexibilização técnica e do trabalho entretanto flexibiliza no todo o sistema
econômico. Sobretudo a relação entre produção e consumo através do TIP(just-in-time) e do kanban. No sistema
JIT(produção-a-tempo), a produção é regulada pela demanda do consumo. Produz-se
na medida do que a demanda peça, evitando-se a superprodução e consequinte
formação de estoques. O JIT se apóia no kanban, um sistema de controle da
reposição de mercadorias adotado nos supermercados, que é levado para a fábrica
toyotista. Cada mercadoria vendida é reposta pelo setor de estoque a partir da
etiqueta destacada no ato da venda e a ele remetida. A venda orienta o
movimento de compras e de restabelecimento de estoque. Adaptado, este mecanismo
é introduzido na fábrica em relação à compra e estoque de peças e também à
venda dos produtos fabricados. O estoque é reposto na medida da quantidade que
sai para uso na linha de montagem. Do mesmo modo o do automóvel produzido. O
resultado é uma radical redução do volume dos estoques, seja de peças e seja de
automóveis produzidos dentro da fábrica.
É assim que
a introdução do paradigma flexível retoma e leva para muito além de antes a
taxa da expansão de capitalismo. E acelera a sua globalização. O monopolismo
fica ainda maior. E muda de forma. A verticalização do tempo fordista cede
lugar à horizontalização. Os veículos são a terceirização e a subcontratação.
Com a horizontalização terceirizada e subcontratada o problema dos altíssimos investimentos
que a nova tecnologia pede é contornado e o controle da economia agora
transnacionalizada fica nas mãos de um punhado ainda menor de empresas. Sob a
condução delas a velha divisão imperial do planeta cede lugar a uma geopolítica
globalizada.
Um primeiro
efeito dessa estratégia globalizada se refere aos Estados Nacionais. Sujeitos
ao poder da empresa globalizada estes perdem a expressão de antes e se tornam o
alvo da ação do neoliberalismo. Um conjunto de reformas baseada na privatização
das empresas estatais criadas sob inspiração keynesiana.
Os períodos
técnico e de trabalho e a classe trabalhadora.
Toda vez que
o período técnico muda, correlatamente muda a forma correspondente de trabalho.
E, então, tem início uma fase de desmonte das estruturas existentes e de
montagem das estruturas novas. Foi assim na passagem do paradigma
manchesteriano(seç. XVIII-XIX) para o taylorista-fordista(séc. XIX-XX). E está
sendo assim nesta passagem do paradigma taylorista-fordista para o paradigma
toyatista(séc.XX).
A cada um
desses momentos de trânsito paradigmático corresponde uma fase de perplexidade
e desarrumação no seio da classe trabalhadora. Uma nova classe trabalhadora está
nascendo, sem que a velha disso tenha se dado conta. É que se mudam as bases
técnicas da sociedade, as formas de trabalho e o paradigma de mundo, é de
esperar que mude a classe trabalhadora, sua mentalidade e formas
instituicionais de organização. As relações de trabalho estão se desfazendo. As
regras de gestão de trabalho se refazendo. E os padrões industriais estão se
reestruturando. Mas o entendimento da classe trabalhadora raramente é contemporâneo.
Daí a sua
reação inicial de perplexidade e desarrumação instituicional. A recuperação só
vem a seguir. E em cada época sob uma forma própria. A passagem da fase da
manufatura para a da fábrica manchesteriana foi marcada pela formação das
associações e cooperativas de ajuda mútua, de quebra das máquinas e por fim da
criação dos sindicatos de ofícios. A passagem da fase do paradigma
manchesteriano para a do paradigma taylorista-fordista, pela busca de
manutenção do emprego e integração da ação sindical com os movimentos sociais
para somar um arco mais amplo em defesa da permanência dos benefícios sociais
conquistados.
Também a
classe patronal segue em cada época uma estratégia igualmente própria . Na fase
de introdução do paradigma manchesteriano a estratégia foi o pagamento do
salário por peça, de modo a instalar a concorrência entre os trabalhadores de
ofício e a explorar a sua estimulação por mais salários. Na de introdução do
paradigma taylorista, foi o despojamento do saber o perário pela usurpação do
trabalho intelectual de concepção e a troca do salário por peça pelo salário
padrão. E agora na da introdução da estratégia toyotista, é a ação repressiva
destinada a desmontagem do sindicalismo de massa(Toyota responde à greve de
1950 e a Nissan a de 1952 com prisões e desemprego generalizado) e a pulverização
coercitiva do sindicato por empresas.
Na passagem
atual do paradigma taylorista-fordista para o paradigma flexível do toyotismo
um novo mundo do trabalho, uma nova forma de classe trabalhadora e uma nova
institucionalidade de organização estão nascendo. É tarefa dos olhos atentos
percebê-las. E isso de modo tão rápido quanto é preciso sair da perplexidade
que hoje novamente se instala.
Obrigada por postar, professor Wladimir. Eu estava à procura dessa preciosidade
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