A Farsa do "Aquecimento Global
Antrópico/Antropogênico"
Existem muitos mitos
que devem ser derrubados, sendo que o “aquecimento global” tem virado um bode
expiatório para tudo de ruim que existe no planeta Terra. É importante dizer
que o “aquecimento global” é um fenômeno natural que sempre existiu e sempre
existirá no planeta Terra, sendo inevitável e imprescindível para a existência
de vida no Planeta Terra, até porque os raios solares entram na Atmosfera e
reagem com os gases, a superfície terrestre e outros fatores (como pressão
atmosférica, etc).
Creio que o
“aquecimento global” não deva ser criticado, mas as interferências humanas no
planeta que poderia afetar o clima global. Há uma polêmica quanto à veracidade
da participação humana nos fenômenos climáticos globais ou locais, onde
esboçarei algumas conclusões.
Neste sentido, o
Planeta Terra possui cerca de 3/4 de água, ou seja, 71% de água e 29% de terras
emersas. Destas terras emersas a maior parte está no Hemisfério Norte (com
cerca de 40% de terras emersas e 60% de água), sendo que no Hemisfério Sul
existe cerca 19% de terras emersas e 81% de água. Destes 29% de terras emersas
no Planeta Terra, cerca de 15% é deserto e terra gelada, 7% de florestas
boreais e tropicais e somente 7% é modificada pelo homem, sendo uma
participação muito pequena.
Segundo o meteorologista
Luiz Carlos Molion, não existe uma temperatura única em todo o Planeta Terra,
mas diferentes temperaturas em determinados locais. A interferência humana no
clima não cria um “aquecimento global”, mas um “aquecimento local”, ou seja,
conseqüências locais desta interferência antrópica. O clima também tem
comportamento diferenciado (a chamada “variabilidade climática global”),
diferenciando-se localmente e sofrendo interferências de vários agentes.
As mudanças globais
de temperatura devem ser explicadas por vários fatores, principalmente pela
existência de “Ciclos Solares”. Segundo Molion, cerca de 98,9% da energia
presente no planeta Terra vem do Sol. Podemos afirmar que o grande regulador do
clima planetário é o Sol. O documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global”
diz que o surgimento de “manchas solares” (similar a explosões no Sol)
significa aumento de temperaturas e a menor quantidade de “nuvens cósmicas” (partículas
subatômicas provenientes de explosões de super-novas no universo que entram em
contato com o vapor d’água dos oceanos, criando gotículas de água e as nuvens que
resfriam a temperatura). Com o Sol mais ativo (com mais “manchas solares” e
temperaturas mais altas), temos uma maior quantidade de “ventos solares” que
dispersam estas partículas subatômicas, impossibilitando o surgimento destas “nuvens
cósmicas” e aumentando a temperatura do Planeta Terra. Em 1893, o astrólogo
britânico Edward Maunder percebeu que o período de “pequena era do gelo” (entre
1500 à 1900) não tivemos “manchas solares”. As “manchas Solares” e explosões
solares podem ser vistas nas duas fotos a seguir:
Imagem 1
Imagem 2
Neste sentido é
importante destacar o “Ciclo de Manchas Solares”, que duraria cerca de 11 anos
e que aumenta/decresce a temperatura do Planeta Terra (com um máximo em 4 anos
e decaindo em 7 anos), além do “Ciclo Solar de Gleisberg” que duraria 90 anos (com
picos em 90 anos e teremos uma nova daqui a 22 anos, fazendo com que a
temperatura decresça).
Segundo Luis Carlos
Molion e Ricardo Augusto Felício, estaríamos em um período de “resfriamento
global”, tendo daqui a 20 anos uma diminuição da temperatura global. O planeta
Terra passa por ciclos de aumento e resfriamento global, sendo que em um futuro
próximo estaríamos passando por um novo ciclo glacial. No último milhão de ano
a Terra passou por 9 Glaciações (que duram aproximadamente 100 mil anos) e esta
é interrompida por períodos mais quentes, chamados de Inter-Glaciais (que duram
de 10 a 12 mil anos). Estamos em um Inter-Glacial (o ultimo que tivemos foi em
130-240 mil anos atrás, com temperaturas muito altas). Percebemos também que
90% da história do Planeta Terra ele está mais frio do que mais quente. Tivemos
um aumento de temperatura no planeta há cerca de 1000 anos atrás, ainda no
período da Idade Média, onde a temperatura era de 1% à 2% mais alto (fazendo
com que os vikings da Noruega navegassem no Ártico e colonizassem o norte do
Canadá e o sul da Groenlândia).
No documentário “A
Grande Farsa do Aquecimento Global” é colocado alguns dados importantes. Entre
os anos 1000 à 1500 foi um “período quente medieval” e entre 1500 à 1900
tivemos uma “pequena era do gelo” (ou "pequena era glacial"). Entre 4 mil e 8 mil anos atrás, no “máximo
do Holoceno” da “Idade do Bronze”, tivemos outro período bem quente no planeta. As temperaturas só começaram a aumentar um pouco no Planeta Terra nos últimos 100 anos com o fim desta “pequena era do gelo”.
O “Ciclo de Manchas
Solares” faz aumentar e abaixar a temperatura global numa escala menor de
tempo. Podemos visualizar isso nas 4 imagens a seguir:
Imagem 3: Gráfico mostrando a variação da temperatura
global
Imagem 4: Gráfico mostrando a variação da temperatura
global
Imagem 5: Gráfico mostrando a Intensidade
Solar com o Máximo e o Mínimo Solar
Imagem 6: Gráfico mostrando a Intensidade Solar com o
Máximo e o Mínimo Solar
Entre 1925 à 1946
houve um aumento de 0,4°C na temperatura global, mas isso não foi ocasionado
por ação antrópica, mas por este “Ciclo de Manchas Solares” aumentou a
intensidade de raios solares. O que realmente contribuiu no aumento da
temperatura neste período (entre 1925 à 1946), foi não haver nenhuma erupção
vulcânica significativa no Planeta Terra, o que fez com que a “atmosfera
terrestre ficasse transparente”, aumentando radiação solar (aumento da
“transmissividade”). O aumento da temperatura neste período foi devido ao
aumento da atividade solar e a redução do albedo planetário (relação com o
vulcão) e não pela intensificação do “efeito estufa”. No final da Segunda
Guerra Mundial, o homem lançava 6% de CO² que lança hoje, mostrando que o CO²
não regula a temperatura global. O Ártico aumentou a temperatura de 4°C e não
aumentou o nível dos mares (até porque o Ártico é “gelo congelado por cima da
água” e se derretesse o nível dos oceanos não subiria).
Segundo este “Ciclo
de Manchas Solares”, tivemos um “resfriamento global” entre 1947 à 1976, mesmo
com a intensidade produtiva industrial e o CO² aumentando.
Segundo este “Ciclo
de Manchas Solares”, tivemos um aumento da temperatura do planeta entre 1977 à
1998, sendo que este não foi em todo o mundo, mas localmente. Importante
questionar como os dados meteorológicos são aferidos, pois a Urbanização (com
suas “Ilhas de Calor”) das cidades interfere o resultado, mas isto deve ser
compreendido como fenômeno local e não global. Segundo Molion, a Urbanização
(com suas “Ilhas de Calor”) não influencia muito na temperatura global (somente
em cerca de 0,006%), mas influencia nos dados climatológicos locais, sendo que
temos 4-5% de maior temperatura nas Cidades do que no campo.
É errado dizer que o
CO² controla o clima global, pois ele é necessário para que haja o “efeito
estufa natural” do planeta, ajuda na fotossíntese das plantas, contribuindo na
produtividade das plantas e na agricultura. Portanto, o CO² é o “gás da vida”,
sendo que o aumento de CO² na atmosfera é ocasionado pelo aumento da
temperatura do globo terrestre, que faz com que o CO² saia das águas dos
oceanos. A imagem a seguir mostra a correlação entre a variação de temperatura
e a quantidade de CO² no planeta Terra:
Imagem 7: Gráfico comparando a variação de Temperatura
e CO2
Verificamos que entre
1946 e 1975 a temperatura caiu e o nível de CO² também caiu. O CO² não é causa
do aquecimento, mas o aumento de sua concentração é resultado do aquecimento do
planeta.
Na realidade, quem
controla a temperatura global e não é o CO², mas os Oceanos, os Vulcões e
principalmente a Energia Solar. Os Oceanos jogariam água para os continentes,
sendo que “a floresta Amazônica está lá porque chove e não chove porque tem
floresta”. A ação vulcânica joga muita quantidade de gases, aumentando a
refletividade e diminuindo a temperatura global.
Segundo Molion, o
IPCC da ONU diz que em 2005 aumentou a quantidade de CO² em 379 PPMV,
ultrapassando o limite natural de 180-300 PPMV dos últimos 650 mil anos.
Entretanto, esta quantidade de CO² passou de 400 PPMV em vários momentos da
história mundial, principalmente nos períodos de aumento de temperatura global
(como entre 1925-46).
O fato é que o CO²
não é o principal regulador da temperatura global, ele só aumenta depois que a
temperatura aumenta. A participação humana nas Emissões de Carbono é muito
pequena, sendo que 200 bilhões de toneladas por ano o são por motivos naturais
(oceano, biota e solos) e 6 bilhões de toneladas por ano o são por motivos
antropogênicos. Molion diz que a contribuição antrópica para o efeito-estufa é
de 0,12%. O documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global” diz que a
participação do CO² na atmosfera é muito pequeno, sendo que o principal gás do
efeito estufa é o vapor d’água (cerca de 95%). A emissão de CO² por vias
naturais (oceanos, vulcão, plantas, bactérias e animais) é de 150 gigatoneladas/ano
e por ação antropogênica é de 6,5 gigatoneladas/ano. Se os oceanos esquentam
emitem mais CO² e se eles esfriam acumulam mais CO². Percebe-se que o
“Protocolo de Kyoto” quer reduzir 5,2% de Carbono por ano (isso significa 0,3
bilhões de carbono, sendo pouquíssimo).
Há uma polêmica sobre
a existência da “Camada de Ozônio”, sobre a função filtradora de raios UV e até
sobre a suposta destruição desta Camada pela ação humana. Segundo Ricardo
Augusto Felício, o buraco da Camada de Ozônio não existe (esta camada que
filtraria os raios UV). Quem criou esta teoria (Thompson) não acredita mais,
sendo que foi criada por interesses de empresas e governos. As contradições
começam por haver uma descontinuidade nesta suposta Camada, que praticamente não
existiria na Antártida.
Apesar de uma polêmica quanto às datas, o fato
é que uma empresa americana chamada Dupont eram quem detinha as patentes do
C-F-C até o final da década de 1980 e depois esta patente foi quebrada,
diminuindo o preço do C-F-C para U$1,38/Quilo). Neste momento, os cientistas, a
ONU, os governos e empresas capitalistas criaram o “mito do C-F-C que quebraria
a Camada de Ozônio”. Em seguida, cientistas da empresa americana Dupont criaram
o H-C-F-C (que custará U$38,00/Quilo) agora com uma nova patente controlado por
eles. Este segundo gás não daria para colocar nas geladeira/ar condicionados
antigos, o que fez com que parques industriais mudassem, além da renovação de
bens de consumo (mudando todos os aparelhos), etc. As Patentes duram 25 anos e
os cientistas/ambientalistas estão dizendo que o H-C-F-C é ruim para o planeta
e estaria surgindo um novo gás que agora custaria U$128,00/Quilo.
O IPCC diz que a
temperatura global aumentará de 2 a 4,5% e que em 2100 o nível do mar subirá
cerca de 60 cm. Além de muitos dados estão errados, isto são projeções e não
previsões científicas, desconsiderando muitos fatores de determinação (e não
determinismo) climática. Estes dados, por exemplo, não tratam do ciclo
hidrológico (como na propriedade e estrutura das nuvens), não falam da
importância dos oceanos (que são 71% do planeta Terra).
Segundo Molion, o
principal gás do “efeito estufa” é o vapor d’água, que praticamente inexiste na
alta atmosfera, onde destaca a importância de nuvens como o Cumulo Nimbus que
auxiliaria no efeito estufa. Ainda segundo Molion, dobrando o CO² na atmosfera
terrestre, teríamos um aumento de somente 0,12% da temperatura global. O CO²
não estaria distribuído igualitariamente no planeta, mas concentrado
localmente. Aumento de CO² faz com que produtividade das plantas aumenta
(aumento do tamanho de plantas) e que se chova mais.
Molion ainda destaca
que o aumento e diminuição de temperatura no Oceano Pacífico estaria
relacionado ao aumento da temperatura global (relação com ciclos solares), onde
ele estaria mais quente entre 1925-46 e 1977-98 e mais frio entre 1947-76
(diminuindo a temperatura de 1999 para cá). Portanto, temos mais La Niñas no
período frio do Pacífico/Planeta Terra e mais El Niños no período quente do
Pacífico/Planeta Terra. Atualmente o Pacífico está mais frio (com diminuição da
temperatura no Planeta Terra) e temos o fenômeno La Niña, com mais chuva na
Amazônia (principalmente na área oeste e central, com pequena redução na área Sudeste da Amazônia
e na área Oeste do Maranhão) e menos chuva no sul-sudeste brasileiro.
Os fenômenos naturais
(seca, furacões) não têm relação direta com a ação humana, sendo mais
significativos pelo aumento da concentração populacional, ou seja, quando a
população aumenta, ela fica mais vulnerável para a mesma intensidade do
fenômeno natural. . O documentário “A Grande
Farsa do Aquecimento Global” diz que o IPCC da ONU faz um “alarme histérico” ao
afirmar “que o mosquito da malária não sobrevive em ambientes com temperaturas
entre 16-18ºC”. isto está cientificamente comprovado que está errado e
conclui-se que as “doenças tropicais não aumentarão com o suposto aquecimento
global antropogênico”.
Erroneamente os ambientalistas
dizem que o nível do mar está subindo por causa do “aquecimento global, mas,
segundo Luis Carlos Molion e Ricardo Augusto Felício, isto tem ocorrido por
causa de um Ciclo Lunar de 18,6 anos. A Lua no máximo deste ciclo puxa
gravitacionalmente o nível do mar por mais de 12 cm, retornando posteriormente
aos níveis anteriores. Este movimento tem seu ápice no final de um ciclo de 18
anos, tendo depois um declínio. O final do último ciclo ocorreu em 2007, tendo
agora um declínio. O "Ciclo Lunar" também faz com que as correntes marítimas mais quentes venham para os pólos, ajudando a derreter algumas destas geleiras, mas isto não significa aumento no nível do mar (pois é "gelo em cima da água") e depois de um tempo as geleiras congelarão de novo.
Para subir o nível do
mar no Planeta Terra, a Antártida deveria derreter (pois é um continente com
gelo, diferentemente do Ártico que é um oceano congelado), mas isso somente irá
acontecer com o aumento da temperatura de 20 a 30 graus Celsius. Podemos afirmar
que os gelos do Ártico e do Antártico derretem assim como as folhas das árvores
caem no outono. Assim como as folhas das árvores nascem novamente na primavera,
a água se congelará posteriormente. Infelizmente o derretimento pontual destas
geleiras tem sido utilizado politicamente pelos ambientalistas.
Contribuem no aumento
do nível dos mares as movimentações tectônicas e o fenômeno natural de “agradação
e degradação”, que faz com que as praias estejam expandindo/diminuindo. A ação
erosiva realizada pelas sociedades nas áreas litorâneas também contribuem no
aumento desta degradação.
Muitos mitos devem
ser derrubados e muita coisa tem de ser esclarecida.
Há muitos interesses
escusos neste debate sobre o “aquecimento global antrópico”. Já está sendo
comprovado que muitos dos dados do IPCC foram forjados e não existindo
coerência científica. Temos em sua grande maioria projeções e não previsões,
tirados com modelos rudes e rudimentares. É fato também que muitas empresas e
países desenvolvidos estão se aproveitando deste debate, criando “Mercados da
fumaça” (como os criados com o Protocolo de Kyoto) e tentando barras o desenvolvimento
econômico dos países subdesenvolvidos e emergentes/em desenvolvimento. Este
discurso de “aquecimento global antrópico” interessa a países desenvolvidos que
não querem que outros países (tais como Brasil e China) se desenvolvam.
O documentário “A Grande
Farsa do Aquecimento Global” diz que o sueco Bert Bolin, na década de 1970, cria
a teoria/hipótese de “aumento de temperatura do planeta Terra com o aumento de
emissão de CO²”. A “Crise do Petróleo” do início da década de 1970 faz com que
os governos capitalistas se preocupem com a questão energética e os recursos
naturais. A ex-primeira dama do Reino Unido Margareth Thatcher incentiva a
reprodução da retórica do discurso de Bert Bolin de “aquecimento global
antropogênico pelo aumento de emissão de CO²” e ajuda a criar o IPCC (Painel Intergovernamental
para a mudança Climática). A redução das emissões de CO² significa uma
desaceleração do crescimento econômico de países oponentes (de EUA à países
subdesenvolvidos economicamente). Não dá para se ter uma “África
industrializada” com energia eólica ou solar, pois são fontes de energia de
baixa intensidade. Os países desenvolvidos criam este mito das “energias limpas”,
mas somente nos países subdesenvolvidos, para conter o crescimento econômico destes
países.
Os movimentos
ambientalistas, tais como os do Greenpeace, se aproveitaram desta retórica do “aquecimento
global antropogênico”, sendo que estes ganharam importância no final da década
de 1980 com a “Queda do Muro de Berlin” e a derrocada do “socialismo” na Guerra
Fria. Os antigos militantes de esquerda se converteram ao “ambientalismo” como
postura “anti-capitalista”.
Os ideais
ambientalistas começam a ser formatados na Primeira Conferência Mundial das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (em 1978) e surge para se “opor” às idéias
do “Clube de Roma” (formado em 1968, dizendo que a terra tinha recursos
naturais limitados e defendia como solução o controle de natalidade e do
crescimento econômico dos países pobres). As idéias do Clube de Roma serão
publicadas no relatório “Os limites do
crescimento” (de 1971) e que será a base da Conferência de Estocolmo
(organizado pela ONU em 1972). A ideologia do relatório “Os limites do crescimento” pode ser
observado na passagem de MEADOWS (1973, p.19.):
Se as
atuais tendências de crescimento da população mundial — industrialização,
poluição, produção de alimentos e diminuição de recursos naturais — continuarem
imutáveis, os limites de crescimento neste planeta serão alcançados algum dia
dentro dos próximos cem anos. O resultado mais provável será um declínio súbito
e incontrolável, tanto da população quanto da capacidade industrial.
É
possível modificar essas tendências de crescimento e formar uma condição de
estabilidade ecológica e econômica que se possa manter até um futuro remoto. O
estado de equilíbrio global poderá ser planejado de tal modo que as necessidades
materiais básicas de cada pessoa na Terra sejam satisfeitas, e que cada pessoa
tenha igual oportunidade de realizar seu potencial humano individual.
Se a
população do mundo decidir empenhar-se em obter esse segundo resultado, em vez
de lutar pelo primeiro, quanto mais cedo ela começar a trabalhar para
alcançá-lo, maiores serão suas possibilidades de êxito.
Estas idéias
elitistas e preconceituosas foram amenizadas no relatório “Nosso Futuro Comum”
(publicado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em
1987) ao dizer que não são os países pobres os maiores responsáveis pela
devastação do planeta, mas os países mais ricos, que consomem mais recursos e
geram mais poluição. O relatório “Nosso Futuro Comum” foi assinado pelos representantes
dos países no Eco-92, já com nome de Agenda 21. A idéia de Desenvolvimento
Sustentável foi consagrada no ECO-92, sendo entendida como meta a ser atingida
pelos países e está presente até os nossos dias. O significado de
Desenvolvimento Sustentável é explicado no relatório “Nosso futuro comum”, que pode ser visualizado em COMISSÃO
MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (1991, p.46):
O
desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias
necessidades.
Ele
contém dois conceitos-chave:
O
conceito de “necessidades”, sobretudo as necessidades essenciais dos pobres do
mundo, que devem receber a máxima prioridade.
A
noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõe
ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras.
Portanto,
ao se definirem os objetivos do desenvolvimento econômico e social, é preciso
levar em conta sua sustentabilidade em todos os países — desenvolvidos ou em
desenvolvimento — com economia de mercado ou de planejamento central. Haverá
muitas interpretações, mas todas elas terão características comuns e devem
derivar de um consenso quanto ao conceito básico de desenvolvimento sustentável
e quanto a uma série de estratégias necessárias para sua consecução.
(...)
A humanidade é capaz de tornar o desenvolvimento sustentável — de garantir que
ele atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de atenderem também às suas. O conceito de desenvolvimento
sustentável tem, é claro, limites — não limites absolutos, mas limitações
impostas pelo estágio atual da tecnologia e da organização social, no tocante
aos recursos ambientais, e pela capacidade da biosfera de absorver os efeitos
da atividade humana. Mas tanto a tecnologia quanto a organização social podem
ser geridas e aprimoradas a fim de proporcionar uma nova era de crescimento
econômico. Para a Comissão, a pobreza generalizada já não é inevitável. A
pobreza não é apenas um mal em si mesma, mas, para haver um desenvolvimento
sustentável, é preciso atender às necessidades básicas de todos e dar a todos a
oportunidade de realizar suas aspirações de uma vida melhor. Um mundo onde a
pobreza é endêmica estará sempre sujeito a catástrofes, ecológicas ou de outra
natureza.
Os ideais do
ambientalismo se utilizam o tempo todo de ideais do neomalthusianismo, pois se
preocupam com a Divisão Internacional do Trabalho (DIT) ao dizer que se deve
conter o crescimento econômico e populacional dos países (principalmente os
subdesenvolvidos e os emergentes/em desenvolvimento) e se racionalizar a
produção. Isto está expresso nos preceitos discutidos no Clube de Roma (cujas
idéias estão reunidas no relatório “Os Limites do Crescimento”), na Conferência
de Estocolmo de 1972 e na Conferencia de Copenhague em 2009 (que é extremamente
conservadora e retoma ideais presentes em “Os Limites do Crescimento” e da
Conferência de Estocolmo).
Os Ecos-capitalistas
também perceberam que a “sustentabilidade” é um rentável nicho de mercado.
Concordo com RODRIGUES (2005, p.100), quando ela diz:
(...)
a aceitação do desenvolvimento sustentável implica impor regras de controle,
usar novas tecnologias, obter certificados de uso racional de recursos (ISOS),
de controle de resíduos e, sobretudo, permitir a continuidade de reprodução
ampliada do capital, conferindo-lhes legitimidade para a concorrência com
outras empresas “que não contribuem para a preservação do meio ambiente”, não
tem o certificado ambiental.
As maiorias dos
movimentos ambientalistas estão equivocadas em sua crítica, mas muitos deles
possuem vínculos estreitos com o modo de produção capitalista, como podemos ver
em BLUWOL (2009, p.59-60):
É
fácil observar que grande parte dos movimentos ambientalistas não é contra o
modo capitalista de produção, e muitos são até parceiros, tendo apoio da
chamada iniciativa privada, ou seja, as empresas capitalistas. Isso se dá, pois
a principal luta deles é a conservação dos recursos naturais que servem de
matéria-prima para estas indústrias. Natureza, para estes movimentos e
indústrias, é apenas uma fornecedora de matéria-prima e, portanto, deve-se
conservá-la minimamente. (...) Esses movimentos podem ser chamados de
“Capitalismo verde”, e são, infelizmente, a esmagadora maioria dos movimentos
ditos “ambientalistas” ou “ecológicos”, ao menos dos que possuem acesso ao
grande público, principalmente no que diz respeito à veiculação de suas idéias
nas grandes mídias, com o apoio financeiro da iniciativa privada ou do próprio
governo estatal que, logicamente, também possui seus interesses capitalistas na
exploração de seu território e de seus habitantes.
Um dos grandes
questionamentos a serem colocados é de que o Desenvolvimento Sustentável e uma
relação sustentável entre Homem-Natureza só poderá se realizar em uma sociedade
que não seja capitalista. Temos de nos perguntar que tipo de sociedade tem de
ser construído para se atingir tal objetivo?
A crítica tem de ser
mais estrutural do que ideológica. Esta passagem de CARVALHO (1986, p.48)
explicita e diferencia a crítica estrutural da crítica ideológico
(principalmente daquelas alienadas):
(...)
De um lado, uns questionam o próprio modo de produção, responsabilizando-o pelo
desastre, acenando com novos parâmetros para os cálculos econômicos (que não
sejam os do consumismo e acumulação), cobrando dos homens uma nova concepção no
trato com a natureza, isto é, um novo arranjo econômico. De outro lado, vêm
aqueles que propõem verdadeiras "comunhões" classistas para despertar
o "inconsciente ecológico" que dormia no "bicho-homem" e,
assim, todo mundo ganha o seu quinhão de responsabilidade num processo secular
de destruição de um patrimônio que, para muitos, apenas significa sobrevivência
e, para uns poucos, supervivência.
Criar um novo
conceito de natureza significa criar uma nova sociedade, pois ao se mudar
sociedades, os pensamentos e os conceitos terão de ser modificados.
Os modismos do
movimento ambientalista, como o de “Desenvolvimento Sustentável”, Agenda 21 e “aquecimento
global antropogênico” existem para despolitizar o debate, estando elas ligadas
à agenda política do Banco Mundial. Na Agenda 21 temos a idéia de que a
“preservação e a conservação” dos recursos naturais poderão provocar a
“inclusão” social. Isto é uma falácia, pois uma “inclusão de fato” somente
ocorrerá com a extirpação do modo de produção capitalista.
Somente com o fim da
sociedade capitalista poderemos construir um conceito de natureza e homem
realmente sustentáveis. Um conceito que mais se coaduna com um tipo de mundo
que queremos construir ou preservar.
Devemos minimizar a
participação do ser humano no Planeta Terra, mas não deixando de criticar sua
ganância destrutiva. Creio que preservar e conservar são necessários e que o
maior inimigo é a miséria humana, fruto de uma sociedade capitalista. Portanto,
a conservação ambiental é necessária, além de se mudar padrões de consumo,
aumentar conservação de florestas/água, mas, muito bem lembrado por cientista
como Luiz Carlos Molion e Ricardo Augusto Felício, isto não é pressuposto para
a dinâmica do aquecimento-resfriamento global.
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Ambiente: Desafios para a Construção de uma Perspectiva Transdisciplinar
(com a colaboração de Adriana Bernardes da Silva). In: GeoTextos (vol. 1, nº 1,
2005), Salvador: UFBA, 2005.
Filmes
e Vídeos:
- Documentário: "A Grande Farsa do Aquecimento Global" (de Martin
Durkin): http://www.youtube.com/watch?v=tpvpiBiuki4.
Este foi exibido em 8/3/2007 pelo Channel 4 britânico.
- "Aquecimento
Global: A FARSA" - Palestra do Dr Prof. Ricardo Augusto Felicio
(realizada em 2011): http://www.youtube.com/watch?v=oJTNJBZxX6E&feature=related
- Debate: “Mudanças Climáticas:
Contra as Certezas”, com Luiz Molion, Ricardo Augusto Felicio, Mark Lund, Mario
Fontes, Guilherme Polli, Kenitiro Suguio, Geraldo Lino e Marcel Ligabo: http://www.youtube.com/watch?v=fXLwPT3VL0I&feature=related
- Entrevista do
Prof Ricardo Augusto Felicio no "Programa do Jô" (02-05-2012): http://www.youtube.com/watch?v=winWWplmyMk
- Entrevista do Prof Luiz Carlos Molion no programa "Canal Livre" da Rede Bandeirantes em 2010: http://www.youtube.com/watch?v=Pqz4yMzbwF0&feature=related
- Entrevista do Prof Luiz Carlos Molion no programa "Canal Livre" da Rede Bandeirantes em 2010: http://www.youtube.com/watch?v=Pqz4yMzbwF0&feature=related
- Entrevista do Prof
Luiz Carlos Molion no programa "Canal Livre" da Rede Bandeirantes em
2012:
- Nova entrevista do
Molion na Band em 2012: http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp?v=b5b9e726427a5fa98ef7ee3f9a6e5f3a&pg=1
- 4º Painel -
Aquecimento ou Histeria Global – Debate entre Luiz Carlos Molion vs Philip
Fearnside no XXI Fórum da Liberdade:
http://www.youtube.com/watch?v=eKZK2DpvzE4&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=EC7WmQrqUIQ&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=HVgvnI9G5G4&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=Dlo2A2TwRjw&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=HPqvo6ceuzI&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=3Vidma5HF7k&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=-32gy-1uHcs&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=PdClPoZFWs0&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=906ym_EhD2Y&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=E8_6VCaho_I&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=YyeEJV5SOPE&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=eKZK2DpvzE4&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=EC7WmQrqUIQ&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=HVgvnI9G5G4&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=Dlo2A2TwRjw&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=HPqvo6ceuzI&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=3Vidma5HF7k&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=-32gy-1uHcs&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=PdClPoZFWs0&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=906ym_EhD2Y&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=E8_6VCaho_I&feature=plcp
http://www.youtube.com/watch?v=YyeEJV5SOPE&feature=plcp
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