Apontamentos do livro “Os Sete Saberes
Necessários para uma Educação do Futuro” de Edgar Morin
Wladimir
Jansen Ferreira
Deve-se buscar uma educação que pense nas
futuras gerações.
Necessidade de complexificar o conhecimento,
tendo várias perspectivas, complexo como “aquilo que está sendo tecido junto”.
Critica da organização em disciplinas com seu
olhar simplificado e compartimentalizado, não múltiplo e reducionista.
O educador deve ter um olhar amplo, com uma
missão de transmitir conhecimentos com reflexão, enfrentando incertezas,
instrumentalizado por novos métodos e saberes.
1) Evitar
as Cegueiras do Conhecimento:
Os erros, ilusões e
cegueiras são frutos dos medos e desejos, mas impendem a compreensão da
realidade, virando uma aujustificativa dos erros cometidos.
Para avançar, a educação do
futuro deve ter consciência da possibilidade do erro, estando aberto, ser
auto-reflexivo, buscar a lucidez, enfrentar as cegueiras e incertezas do
conhecimentos.
Todos são passíveis ao erro
(conhecimento, pessoas e a ciência) e por isso a ciência não pode tratar
sozinha dos problemas epistemológicos/filosóficos/éticos.
Inteligência e afetividade
são inseparáveis, devendo agir racionalmente com emoção.
Racionalização: império
absoluto da razão porque constitui um sistema lógico aparentemente
"perfeito", mas é falso, pois se nega a
contestação/argumentação/verificação empírica.
Racionalismo: conhece os
limites da lógica, do determinismo e do mecanicismo.
2) Princípios do Conhecimento Pertinente:
Não reproduzir conhecimentos
com saberes fragmentados, repensar as disciplinas e não ter uma lógica excludente
e binária.
As divisões estanques
atrapalham e enganam, gerando um mal-estar coletivo e não permitindo a produção
de um conhecimento pertinente (planetário e complexo).
Deve-se pensar em simbioses
com trocas continuas, fortalecendo a criatividade, estimulando o uso da inteligência
total, vinculando as partes com o todo, buscando métodos que contemplem a rica
diversidade humana.
Nesta era planetária deve-se
buscar o multidisciplinar, transversalidade, multidimensionalidade,
transnacionalidade, global e planetário.
3) Ensinar a Condição Humana:
Reconhecer
a humanidade com suas forças e limitações.
Valorizar
diversidade cultural, pois o que “nos une é a espécie” e o que “nos separa é a
cultura”.
Pensar
cosmologicamente, com integração dos seres humanos com o planeta Terra e o
Universo.
Pensarmos
ao mesmo tempo em indivíduo/espécie/sociedade, em razão/afeto/pulsão e em cérebro/mente/cultura,
onde unidade e diversidade humana devem ser conservadas e valorizadas.
Educação
deve estudar a complexidade humana (cultural, histórica, biológica, etc).
4)
Ensinar a Identidade Terrena:
Formação do ser
humana integrado com a formação do planeta Terra, dos seres vivos e com a do
Universo.
Defesa de uma globalização que introduza uma
visão mundial mais poderosa, que seja integradora e desenvolva as faculdades
afetivas e morais em escala terrena.
Ter sentimento de cuidado e pertencimento com
o planeta Terra, pois é a “Terra-comum” e “pátria-mãe”. Valorização da
sustentabilidade para as futuras gerações.
Educação deve valorizar o destino planetário
do gênero humano e reconhecer a identidade terrena que é imprescindível para
viver nesta nova era social.
5)
Enfrentar a Incertezas:
Incertezas surgiram com algumas ciências físicas
(termodinâmica, microfísica e cosmologia)
O caminho é feito de certezas e incertezas/desordens/acasos/involuções/caos.
É preciso navegar no “oceano das incertezas” em meio de “arquipélagos de
certezas”, saindo da zona de conforto ao buscar estas incertezas. Isto não
significa cair em determinismos.
A educação deve buscar as incertezas, se preparando
para o imprevisto e o inesperado, pensando no outro e criando estratégias para
a mudança.
6)
Evitar a Compreensão:
Risco da compreensão cair em simplificação e
fugindo da totalidade.
Diferencia incompreensão entre mal-entendido
e não-entendido.
Necessidade de se ir para a “raiz das causas
da incompreensão”, com o estudo de suas modalidades e seus efeitos. Este saber
é uma das bases mais seguras da educação para a paz, à qual estamos ligados por
essência e vocação.
7)
Ética do Ser Humano (antropoética):
Compreender dialogicamente/simultaneamente/complementariamente
indivíduo/sociedade/espécie.
O repensar do pensamento é o pensar a democracia
em sua plenitude, aonde indivíduo e sociedade se organizam conscientemente.
Desenvolver uma ética complexa do gênero humano,
que garanta a diversidade de desejos humanos.
Por uma educação que desenvolva noções de
comunidade planetária e de cidadania terrestre.
__
MAPA CONCEITUAL do LIVRO:
Nenhum comentário:
Postar um comentário