Blog com textos, mapas, vídeos, imagens e sugestões de exercícios sobre geografia, além de ter alguns artigos escritos por mim. O Blog está em construção, sendo atualizado constantemente, onde muitas postagens antigas são acrescentadas de mapas e textos novos. Fiquem à vontade! Boa pesquisa!
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domingo, 20 de setembro de 2015
Ilhas Fluviais e Oceânicas do Brasil
Ilhas Fluviais e Oceânicas do Brasil
Fonte das 2 últimas fotos: https://www.facebook.com/DicasdeGeografiaOficial/posts/1035477873166835
FOTOS - Senso de justiça fascista-burguês
Senso de justiça fascista-burguês aonde é mais conveniente criminalizar os miseráveis do que eliminar a miséria que os produz.
sábado, 12 de setembro de 2015
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Estatísticas da Crise de Refugiados na Europa
Estatísticas Incríveis sobre os Refugiados na Europa.
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150904_graficos_imigracao_europa_rm.shtml?ocid=socialflow_facebook
Solicitações de refúgios aprovadas em 2014 (destino na Europa)
Comparação das solicitações de refúgios aprovadas em 2014 e 2015 (destinos na Europa)
Origem das pessoas solicitando refúgio na Europa em 2014.
Da onde saem os imigrantes na Europa.
Imigrantes ilegais entrando na Europa 2014-2015 (janeiro-junho)
Mortes de Migrantes no Mar Mediterrâneo por mês em 2014-2015
Mortes de Migrantes no Mar Mediterrâneo por rota em 2014-2015
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150904_graficos_imigracao_europa_rm.shtml?ocid=socialflow_facebook
Solicitações de refúgios aprovadas em 2014 (destino na Europa)
Comparação das solicitações de refúgios aprovadas em 2014 e 2015 (destinos na Europa)
Origem das pessoas solicitando refúgio na Europa em 2014.
Da onde saem os imigrantes na Europa.
Imigrantes ilegais entrando na Europa 2014-2015 (janeiro-junho)
Mortes de Migrantes no Mar Mediterrâneo por mês em 2014-2015
Mortes de Migrantes no Mar Mediterrâneo por rota em 2014-2015
Marilena Chauí: A ditadura militar iniciou a devastação da escola pública
Repasso uma ótima entrevista da Profª Marilena Chauí:
Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2012/03/para-marilena-chaui-ditadura-militar-fez-com-que-universidades-nao-oferecam-formacao-humanista
Paulo Donizetti de Souza, Rede Brasil Atual
Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2012/03/para-marilena-chaui-ditadura-militar-fez-com-que-universidades-nao-oferecam-formacao-humanista
Marilena Chauí: A ditadura militar iniciou a devastação da escola pública
Violência
repressiva, privatização e a reforma universitária que fez uma educação voltada
à fabricação de mão de obra, são, na opinião da filósofa Marilena Chauí,
professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da
USP, as cicatrizes da ditadura no ensino universitário do país. Chauí relembrou
as duras passagens do período e afirma não mais acreditar na escola como espaço
de formação de pensamento crítico dos cidadãos, mas sim em outras formas de
agrupamento, como nos movimentos sociais, movimentos populares, ONGs e em
grupos que se formam com a rede de internet e nos partidos políticos.
Chauí, que
“fechou as portas para a mídia” e diz não conceder entrevistas desde 2003,
falou à Rede Brasil Atual após palestra feita no lançamento da Escola 28 de
Agosto, iniciativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo que elogiou por projetar
cursos de administração que resgatem conteúdos críticos e humanistas dos quais
o meio universitário contemporâneo hoje se ressente.
Quais
foram os efeitos do regime autoritário e seus interesses ideológicos e
econômicos sobre o processo educacional do Brasil?
Vou dividir
minha resposta sobre o peso da ditadura na educação em três aspectos. Primeiro:
a violência repressiva que se abateu sobre os educadores nos três níveis,
fundamental, médio e superior. As perseguições, cassações, as expulsões, as prisões,
as torturas, mortes, desaparecimentos e exílios. Enfim, a devastação feita no
campo dos educadores. Todos os que tinham ideias de esquerda ou progressistas
foram sacrificados de uma maneira extremamente violenta. Em segundo lugar, a
privatização do ensino, que culmina agora no ensino superior, começou no ensino
fundamental e médio. As verbas não vinham mais para a escola pública, ela foi
definhando e no seu lugar surgiram ou se desenvolveram as escolas privadas. Eu
pertenço a uma geração que olhava com superioridade e desprezo para a escola
particular, porque ela era para quem ia pagar e não aguentava o tranco da
verdadeira escola. Durante a ditadura, houve um processo de privatização, que
inverte isso e faz com que se considere que a escola particular é que tem um
ensino melhor. A escola pública foi devastada, física e pedagogicamente,
desconsiderada e desvalorizada.
E o
terceiro aspecto?
A reforma
universitária. A ditadura introduziu um programa conhecido como MEC-Usaid, pelo
Departamento de Estado dos Estados Unidos, para a América Latina toda. Ele foi
bloqueado durante o início dos anos de 1960 por todos os movimentos de esquerda
no continente, e depois a ditadura o implantou. Essa implantação consistiu em
destruir a figura do curso com multiplicidade de disciplinas, que o estudante
decidia fazer no ritmo dele, do modo que ele pudesse, segundo o critério
estabelecido pela sua faculdade. Os cursos se tornaram sequenciais. Foi
estabelecido o prazo mínimo para completar o curso. Houve a departamentalização,
mas com a criação da figura do conselho de departamento, o que significava que
um pequeno grupo de professores tinha o controle sobre a totalidade do
departamento e sobre as decisões. Então você tem centralização. Foi dado ao
curso superior uma característica de curso secundário, que hoje chamamos de
ensino médio, que é a sequência das disciplinas e essa ideia violenta dos
créditos. Além disso, eles inventaram a divisão entre matérias obrigatórias e
matérias optativas. E, como não havia verba para contratação de novos
professores, os professores tiveram de se multiplicar e dar vários cursos.
Houve
um comprometimento da inteligência?
Exatamente.
E os professores, como eram forçados a dar essas disciplinas, e os alunos, a
cursá-las, para terem o número de créditos, elas eram chamadas de “optatórias e
obrigativas”, porque não havia diferença entre elas. Depois houve a falta de
verbas para laboratórios e bibliotecas, a devastação do patrimônio público, por
uma política que visava exclusivamente a formação rápida de mão de obra dócil
para o mercado. Aí, criaram a chamada licenciatura curta, ou seja, você fazia
um curso de graduação de dois anos e meio e tinha uma licenciatura para
lecionar. Além disso, criaram a disciplina de educação moral e cívica, para todos
os graus do ensino. Na universidade, havia professores que eram escalados para
dar essa matéria, em todos os cursos, nas ciências duras, biológicas e humanas.
A universidade que nós conhecemos hoje ainda é a universidade que a ditadura
produziu.
Essa
transformação conceitual e curricular das universidades acabou sendo, nos anos
de 1960, em vários países, um dos combustíveis dos acontecimentos de 1968 em
todo mundo.
Foi, no
mundo inteiro. Esse é o momento também em que há uma ampliação muito grande da
rede privada de universidades, porque o apoio ideológico para a ditadura era
dado pela classe média. Ela, do ponto de vista econômico, não produz capital, e
do ponto de vista política, não tem poder. Seu poder é ideológico. Então, a
sustentação que ela deu fez com que o governo considerasse que precisava
recompensá-la e mantê-la como apoiadora, e a recompensa foi garantir o diploma
universitário para a classe média. Há esse barateamento do curso superior, para
garantir o aumento do número de alunos da classe média para a obtenção do
diploma. É a hora em que são introduzidas as empresas do vestibular, o
vestibular unificado, que é um escândalo, e no qual surge a diferenciação entre
a licenciatura e o bacharelato. Foi uma coisa dramática, lutamos o que pudemos,
fizemos a resistência máxima que era possível fazer, sob a censura e sob o
terror do Estado, com o risco que se corria, porque nós éramos vigiados o tempo
inteiro. Os jovens hoje não têm ideia do que era o terror que se abatia sobre
nós. Você saía de casa para dar aula e não sabia se ia voltar, não sabia se ia
ser preso, se ia ser morto, não sabia o que ia acontecer, nem você, nem os
alunos, nem os outros colegas. Havia policiais dentro das salas de aula.
Houve
uma corrente muito forte na década de 1960, composta por professores como Aziz
Ab’Saber, Florestan Fernandes, Antônio Cândido, Maria Vitória Benevides, a
senhora, dentre outros, que queria uma universidade mais integrada às demandas
da comunidade. A senhora tem esperança de que isso volte a acontecer um dia?
Foi
simbólica a mudança da faculdade para o “pastus”, não é campus universitário,
porque, naquela época, era longe de tudo: você ficava em um isolamento
completo. A ideia era colocar a universidade fora da cidade e sem contato com
ela. Fizeram isso em muitos lugares. Mas essa sua pergunta é muito complicada,
porque tem de levar em consideração o que o neoliberalismo fez: a ideia de que
a escola é uma formação rápida para a competição no mercado de trabalho. Então
fazer uma universidade comprometida com o que se passa na realidade social e
política se tornou uma tarefa muito árdua e difícil.
Não
há tempo para um conceito humanista de formação?
É uma luta
isolada de alguns, de estudantes e professores, mas não a tendência da
universidade.
Hoje,
a esperança da formação do cidadão crítico está mais para as possibilidades de
ajustes curriculares no ensino fundamental e médio? Ou até nesses níveis a
educação forma estará comprometida com a produção de cabeças e mãos para o
mercado?
Na escola,
isso, a formação do cidadão crítico, não vai acontecer. Você pode ter essa
expectativa em outras formas de agrupamento, nos movimentos sociais, nos
movimentos populares, nas ONGs, nos grupos que se formam com a rede de internet
e nos partidos políticos. Na escola, em cima e em baixo, não. Você tem bolsões,
mas não como uma tendência da escola.
Houve (e muita) CORRUPÇÃO no período militar brasileiro
Existem algumas mentiras,
que se repetidas à exaustão, tornam-se verdades-absolutas. Isto ocorre quando a
mídia burguesa afirma que a corrupção atual é a maior da História do Brasil e
quando outras pessoas falam que na época da ditadura militar (1964-85) não havia corrupção.
Repasso o artigo de Jasson
de Oliveira Andrade (https://humbertocapellari.wordpress.com/2013/02/18/ainda-a-corrupcao-e-a-ditadura-militar-por-jasson-de-oliveira-andrade/):
O assunto sobre a corrupção e Ditadura
Militar ainda não está esgotado. A imprensa, escrita e falada, afirma que a
corrupção atual é a maior da História do Brasil. Com
essa crítica, uma pequena parte de brasileiros, decepcionada, deseja a Ditadura
Militar com a finalidade de combater os corruptos. No entanto, a corrupção no
tempo da Ditadura Militar era infinitamente superior, como irei mostrar.
O
jornalista e escritor J. Carlos de Assis escreveu três livros, no final da
Ditadura Militar, em 1984, mostrando os escândalos desse período. Um deles, o
mais famoso, “A Chave do Tesouro, anatomia dos escândalos financeiros no
Brasil: 1974/83”, revela essa corrupção. Alguns capítulos: Caso Halles, Caso
BUC, Caso Econômico, Caso Eletrobrás, Caso UEB/Rio-Sul, Caso Lume, Caso
Ipiranga, Caso Aurea, Caso Lutfalla (família de Paulo Maluf, marido de Sylvia
Lutfalla), Caso Abdalla, Caso Atalla, Caso Delfin, Caso TAA. Cada “Caso” é um
capítulo. Por este motivo, é impossível detalhar esses escândalos financeiros,
que trouxeram prejuízos inimagináveis à Economia daquela época!
Em
outro livro, “A dupla face da Corrupção”, também em 1984, J. Carlos de Assis
revela: “A censura (sic) da era Médici manteve o submundo da economia tão longe
da curiosidade pública como as masmorras sombrias da repressão política. (,,,)
Esta era uma atmosfera particularmente favorável ao apaniguamento (sic) e à
proteção econômica e administrativa dos amigos do regime (…) Foi à sombra desse
período obscurantista que a maioria dos arrivistas e aventureiros do mercado,
esgueirando-se por essas omissões originais da lei ou pelos espaços abertos por
sua deformação propositada (sic), penetrou no sistema financeiro e nele
engordou seus conglomerados fraudulentos (sic), para explodir posteriormente em
escândalos”, acrescentando: “Vários grupos de aventureiros e de gangsters de
gravata (sic) foram postos na engorda junto aos cofres públicos (sic), com total
contemporização e cumplicidade da autoridade administrativa”.
Adiante
o escritor comenta o escândalo da Corretora Laureano, em 1976, fazendo essa
estarrecedora denúncia: “Seu dono, contudo, precavidamente, havia lastreado
suas ousadas operações num ativo intangível de valor incalculável nas
circunstâncias: a amizade com o Ministro-chefe da Casa Civil, o condestável do
governo Geisel, General Golbery do Couto e Silva. A relação estava selada, além
disso, por um contrato de trabalho do filho de Golbery como diretor da
Corretora (sic). E o General não tinha maiores constrangimentos éticos (sic) em
encaminhar seu amigo às boas graças de algum colega de Ministério, em especial
o que detinha as chaves dos cofres públicos, o Ministro da Fazenda Mário
Henrique Simonsen”. Na página 85, outra denúncia grave: a compra pela
Coroa-Brastel (uma empresa que também fazia parte do escândalo financeiro) da
Metalúrgica Castor: “A Metalúrgica era propriedade do banqueiro de bicho Castor
de Andrade, em sociedade com Osório Pais Lopes da Costa, sogro do Johnny
Figueiredo, filho mais velho do Presidente da República (na época em que o
livro foi publicado, 1984, o General João Figueiredo era o Presidente).
No
ambíguo depoimento, Paim [dono da Coroa-Brastel] relata que foi contatado por
Álvaro Leal em outubro de 1982. O consultor lhe teria dito que a Metalúrgica
estava para quebrar e lhe sugeria comprar a empresa. “atendendo a um pedido do
Chefe” (sic) – o próprio Presidente, no caso. Ele receberia por isso as
“compensações devidas” , através do Banco do Brasil (sic)”. Era uma empresa
suspeita comprando outra falida “atendendo o pedido do Chefe”! O escritor foi
corajoso ao fazer essa denúncia contra o General-Presidente em plena Ditadura
Militar, mesmo que nesse ano, 1984, o regime estava mais brando!
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