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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Escassez de Médicos X Linha da Pobreza

Escassez de Médicos X Linha da Pobreza


http://materialcartografiaescolar.arteblog.com.br/960733/ESCASSEZ-DE-MEDICOS-X-LINHA-DE-POBREZA/

A FARSA dos ROYALTIES do Petróleo

Os leilões do petróleo brasileiros estão bem avançados. Dilma Roussef publicou o edital da 11ª Rodada de Licitação do Petróleo, aonde teremos a 1ª rodada do pré-sal, que será dividido em 289 blocos de 11 bacias sedimentares. O governo federal estará leiloando mais de 70 bilhões de barris de petróleo, iniciando a “maior entrega de riquezas da história do país”.
A disputa dos estados por royalties do petróleo é uma luta por muito pouco, pois os estados dividirão somente 10% da produção total, sendo que 90% o governo petista vai entregar para a iniciativa privada.
A entrega deste petróleo também significará a perda da soberania  brasileira e é necessário que de estatize 100% de toda cadeia produtiva (exploração, produção, transporte, refino, importação e exportação, distribuição e petroquímica).
Veja a imagem abaixo mostrando a "farsa dos royalties do petróleo" (seja pros estados, municípios e para a educação). 
Não à privatização do petróleo brasileiro! Soberania já!!!!




E tem mais essa:
"(...) o repasse cai de R$ 279,08 bilhões para R$ 108,18 bilhões. No caso da educação, o porcentual diminui 53,43%: de R$ 209,31 bilhões para R$ 97,48 bilhões. Na saúde, com a redução de 84,7%, o valor despenca de R$ 69,77 bilhões para R$ 10,7 bilhões. A estimativa é da Consultoria Legislativa de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos da Câmara, com dados da Agência Nacional do Petróleo". (http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,senado-corta-53-dos-royalties-que-iam-para-educacao,1050260,0.htm)

terça-feira, 25 de junho de 2013

Relações Perigosas da Mídia Burguesa Brasileira

Relações Perigosas da Mídia Burguesa Brasileira.
Estes 3 Conglomerados Oligopolizantes estão aliados em uma coisa chamado "Instituto Millenium", que é de extrema-direita e golpista.
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Não há um “movimento” em disputa, mas uma multidão sequestrada por fascistas

repasso artigo muito bom sobre as manifestações no Brasil.

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http://www.sul21.com.br/jornal/2013/06/nao-ha-um-movimento-em-disputa-mas-uma-multidao-sequestrada-por-fascistas/

Não há um “movimento” em disputa, mas uma multidão sequestrada por fascistas

Por Marco Aurélio Weissheimer
O que começou como uma grande mobilização social contra o aumento das passagens de ônibus e em defesa de um transporte público de qualidade está descambando a olhos vistos para um experimento social incontrolável com características fascistas que não podem mais ser desprezadas. A quem interessa uma massa disforme na rua, “contra tudo o que está aí”, sem representantes, que diz não ter direção, em confronto permanente com a polícia, infiltrada por grupos interessados em promover quebradeiras, saques, ataques a prédios públicos e privados, ataques contra sedes de partidos políticos e a militantes de partidos, sindicatos e outros movimentos sociais? Certamente não interessa à ainda frágil e imperfeita democracia brasileira. Frágil e imperfeita, mas uma democracia. Neste momento, não é demasiado lembrar o que isso significa.
Uma democracia, entre outras coisas, significa existência de partidos, de representantes eleitos pelo voto popular, do debate político como espaço de articulação e mediação das demandas da sociedade, do direito de livre expressão, de livre manifestação, de ir e vir. Na noite de quinta-feira, todos esses traços constitutivos da democracia foram ameaçados e atacados, de diversas formas, em várias cidades do país. Houve violência policial? Houve. Mas aconteceram muitas outras coisas, não menos graves e potencializadoras dessa violência: ataques e expulsão de militantes de esquerda das manifestações, ataques a sedes de partidos políticos, a instituições públicas. Uma imagem marcante dessa onda de irracionalidade: os focos de incêndio na sede do Itamaraty, em Brasília. Essa imagem basta para ilustrar a gravidade da situação.
Não foram apenas militantes do PT que foram agredidos e expulsos de manifestações. O mesmo se repetiu, em várias cidades do país, com militantes do PSOL, do PSTU, do MST e pessoas que representavam apenas a si mesmas e portavam alguma bandeira ou camiseta de seu partido ou organização. Em Porto Alegre, as sedes do PT e do PMDB foram atacadas. Em Recife, cerca de 200 pessoas foram expulsas da manifestação. Militantes do MST e de partidos apanharam. O prédio da prefeitura da cidade foi atacado. Militantes do MST também apanharam em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre outras cidades. Em São Paulo, algumas dessas agressões foram feitas por pessoas armadas com facas. E quem promoveu todas essas agressões e ataques. Ninguém sabe ao certo, pois os agressores agiram sob o manto do anonimato propiciado pela multidão. Sabemos a identidade de quem apanhou, mas não de quem bateu.
Desde logo, cabe reconhecer que os dirigentes dos partidos, dos governos e dos meios de comunicação têm uma grande dose de responsabilidade pelo que está acontecendo. Temos aí dois fenômenos que se retroalimentam: o rebaixamento da política à esfera do pragmatismo mais rasteiro e a criminalização midiática da política que coloca tudo e todos no mesmo saco, ocultando da população benefícios diários que são resultados de políticas públicas de qualidade que ajudam a vida das pessoas. Há uma grande dose de responsabilidade a ser compartilhada por todos esses agentes. A eternamente adiada Reforma Política não pode mais esperar. Em um momento grave e difícil da história do país, o Congresso Nacional não está em funcionando. É sintomático não ter ocorrido a nenhum dos nossos representantes eleitos pelo voto convocar uma sessão extraordinária ou algo do tipo para conversar sobre o que está acontecendo.
Dito isso, é preciso ter clareza que todos esses problemas só poderão ser resolvidos com mais democracia e não com menos. O rebaixamento da política à esfera do pragmatismo rasteiro exige partidos melhores e um voto mais esclarecido. A criminalização da política, dos partidos, sindicatos e movimentos sociais exige meios de comunicação mais responsáveis e menos comprometidos com grandes interesses privados. Não são apenas “os partidos” e “os políticos” que estão sendo confrontados nas ruas. É a institucionalidade brasileira como um todo e os meios de comunicação são parte indissociável dessa institucionalidade. Não é a toa que jornalistas, equipamentos e prédios de meios de comunicação estão sendo alvos de ataques também. Mas não teremos meios de comunicação melhores agredindo jornalistas, incendiando veículos de emissoras ou atacando prédios de empresas jornalísticas.
Uma certa onda de irracionalidade atravessa esse conjunto de ameaças e agressões, afetando inclusive militantes, dirigentes políticos e ativistas sociais experimentados que demoraram para perceber o monstro informe que estava se formando. E muitos ainda não perceberam. Após as primeiras grandes manifestações que começaram a pipocar por todo o país, alimentou-se a ilusão de que havia um “movimento em disputa” nas ruas. O que aconteceu na noite de quinta-feira mostra claramente que não há “um movimento” a ser disputado. O que há é uma multidão disforme e descontrolada, arrastando-se pelas ruas e tendo alvos bem definidos: instituições públicas, prédios públicos, equipamentos públicos, sedes de partidos, jornalistas, meios de comunicação. Os militantes e ativistas de organizações que tentaram começar a fazer essa disputa na noite de quinta foram repelidos, expelidos e agredidos. Talvez isso ajude a clarear as mentes e a desarmar um pouco os espíritos para o que está acontecendo.
Não é apenas a democracia, de modo geral, que está sob ameaça. Há algo chamado luta de classes, que muita gente jura que não existe, que está em curso. Não é à toa que militantes do PT, do PSOL, do PSTU, do MST e de outras organizações de esquerda apanharam e foram expulsos de diversas manifestações ontem. Com todas as suas imperfeições, erros, limites e contradições, o ciclo de governos da última década e em outros países da América Latina provocou muitas mudanças na estrutura de poder. Não provocou todas as necessárias e esse é, aliás, um dos fatores que alimentam a explosão social atual. Mas muitos interesses de classe foram contrariados e esses interesses não desistiram de retornar ao poder plenamente. Tem diante de si uma oportunidade de ouro.
Como jornalista, militante político de esquerda e cidadão, já firmei uma convicção a respeito do que está acontecendo. Uma multidão cuja direção (rumo) passou a ser atacar instituições públicas, sem representantes, infiltrada por grupos de extrema-direita, que rejeita partidos políticos e hostiliza manifestantes de esquerda, não só não me representa como passa a ser algo a ser combatido politicamente. Ou alguém acha que setores das forças armadas e da direita brasileira estão assistindo a tudo isso de braços cruzados?

Pontos Contra e a Favor da PEC-37

Sobre a PEC 37 


Vou expor a minha opinião à respeito. Eu sou a favor da PEC-37 (que foi rejeitada pelo Congresso Nacional no dia 25/06/2013), pois é necessário que se restabeleça a imparcialidade na fase de investigação. Concordo com o presidente da OAB-SP quando este diz que "a Polícia Judiciária (Civil e Federal) investiga, o Ministério Público denuncia, a Advocacia faz a defesa e o Judiciário julga”, pois "quem acusa não pode comandar a investigação, porque isso compromete a isenção, quebra o equilíbrio entre as partes da ação penal". Entretanto, caso aprovado a PEC-37, seria necessário aumentar os investimentos para a Polícia Judiciária poder investigar.

Abaixo repasso um texto explicando para todos os prós e contras da PEC. Por Caue Costa Hueso. Informe-se antes de abraçar uma causa!

PONTOS CONTRA A PEC 37:
• A polícia se mostra ineficaz em solucionar todos os casos, seu trabalho é moroso e muitas vezes os crimes prescrevem.

• Temos muito mais casos registrados de corrupção na polícia do que no MP.

• Casos de corrupção principalmente são os que atingem maior impunidade no país e o MP é mais bem aparelhado para combater tais crimes.

• O MP não quer tirar o poder investigatório da policia, mas sim também fazer sua própria investigação do caso por meio de PIC (procedimento investigatório criminal)

• A CF de 88 não proíbe expressamente o MP de investigar. A CF de 88 em seu art. 144: “A Polícia Federal exerce com exclusividade as funções de Polícia Judiciária da União”. E lá no parágrafo 4º diz: “Às Polícias Civis, dirigidas por Delegados de Polícia de Carreira, incumbem as funções de Polícia Judiciária e apuração das infrações penais, exceto as militares”. Nao traz, assim, a palavra PRIVATIVAMENTE, assim como traz a PEC 37.

• O monopólio da investigação somente para um órgão pode ser “perigoso” , assim quanto mais investigarmos melhor.

• O MP colherá provas para o processo e não para acusação (esta seria já na fase de ação penal), buscando assim a reconstituição dos fatos (ou verdade real), nao tendo vinculo com a acusação, tanto que pode nao denunciar se nao achar o individuo culpado.

• Muitos países do mundo admitem que o MP investigue crimes.

PONTOS A FAVOR DA PEC 37
• Se a polícia é ineficaz ou corrupta o MP não trabalhou corretamente em seu dever legal de FISCALIZAR a polícia e os inquéritos, já que possui acesso a todos, pode inclusive acompanhar TODAS diligências policiais, outrossim, enquanto um promotor ganha em média 20 mil reais, o salário de um delegado não chega nem a 10mil (um trabalho é mais importante que o outro?) e o contingente da polícia só no Estado de SP tem um déficit de mais de 20mil investigadores, agentes, etc... não poderia exigir uma ótima investigação se o mesmo governo que paga e aparelha muito bem o MP trata com descaso a segurança pública.

• Quem faz a investigação de rua para o MP é a POLICIA MILITAR, ela faz escutas telefônicas, etc... ou seja, desvirtua seu trabalho que é estritamente de policia extensiva para investigar, mesmo sem treinamento para tanto.

• Ocorrem investigações paralelas de polica civil e militar (a mando do MP), e muitas não dão certo justamente por causa disso, pessoas ouvidas 2 vezes, se contradizem no IP e no PIC, houve até tiroteio já entre as duas policias que faziam as investigações paralelalmente;A CF de 88 é clara em seu art. 144: “A Polícia Federal exerce com exclusividade as funções de Polícia Judiciária da União”. E lá no parágrafo 4º diz: “Às Polícias Civis, dirigidas por Delegados de Polícia de Carreira, incumbem as funções de Polícia Judiciária e apuração das infrações penais, exceto as militares”. E para o MP assim define no 129: “Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;"ou seja, deixa claro que a infração penal será investigada pela policia, o MP somente presidirá a o inquerito civil e promoverá a ação penal• O MP tem ligação obvia com a acusação, que ele que fará. A policia ouve tanto a vitima quanto acusado e busca provas tanto para defesa como acusação, mas o órgão que faz a acusação também buscará provas para a defesa? Totalmente contraditório.

• Se o MP quer poder investigar e em muitos países do mundo assim o faz, a DEFESA deveria, por isonomia, ter tal poder, afinal em todos esses países do mundo em que o MP investiga, a defesa também pode fazê-lo.

• O MP traz o slogan como PEC da impunidade ou da corrupção. o MP quer investigar somente corrupção? Ou todos os crimes? Se ele não investiga os crimes (mais de 90% não é investigado pelo MP) então a policia investiga somente o que sobrar? Por que ao invés de querer invadir o trabalho da policia não busca fazer seu trabalho mais bem feito e fiscalizar melhor não somente a policia, mas todos os órgãos. Traz uma falsa ideia de que não haverá impunidade se o MP investigar.


>>>VÍDEO DE IVENS GANDRA MARTINS =  http://globotv.globo.com/rede-globo/programa-do-jo/v/ives-gandra-martins-comenta-a-polemica-pec-37/2599932/?fb_action_ids=10201081154225391&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%2210201081154225391%22%3A529816173748657%7D&action_type_map=%7B%2210201081154225391%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%5B%5D

MAPA da FICHA SUJA - PSDB é o partido mais sujo do Brasil

SOBRE A CORRUPÇÃO NO BRASIL, PARTIDOS BURGUESES LIDERANDO, AI ESTÁ:


quarta-feira, 19 de junho de 2013

ANÁLISE INICIAL sobre os ATOS do “MOVIMENTO de PASSE LIVRE”

ANÁLISE INICIAL SOBRE OS ATOS DO “MOVIMENTO DO PASSE LIVRE”

Farei uma análise inicial do "MOVIMENTO DO PASSE LIVRE", sendo que já cheguei a participar de um dos atos.
O movimento teve início em São Paulo para baixar a tarifa do transporte coletivo e aos poucos foram se ampliando as pautas. Está tendo uma popularização deste movimento que na verdade é uma “revolta popular” e está se espalhando nas periferias e em várias cidades do Brasil, tornando-se um dos maiores que o país já viu. O movimento surpreendeu porque há muito tempo havíamos classificado a juventude como alienada e ela mostrou o quanto estávamos enganado.
Inicialmente, o governador Alckimin auxiliado pela mídia burguesa chama os manifestantes de violentos e vândalos. Estranhamento, de repente, vira tudo. O colunista burguês Arnaldo Jabor na Globo pede desculpas, Folha de São Paulo, Estadão, Veja e Blogues direitistas entram no movimento e a manifestação em SP está tendo uma infiltração da extrema-direita, que desvirtua o movimento por meio da baderna e da depredação. A extrema-direita está se apropriando do movimento para “dar oportunidade de exercer, na prática, a sua fé fascista e antidemocrática”.
Importante destacar que a luta pela “redução da tarifa do ônibus” abre a perspectiva de se lutar pela "tarifa zero no transporte público” e mais uma série de coisas. Concordo com o  Jilmar Tatto quando este propõe que o "usuário de transporte individual também precisa arcar com os custos do transporte coletivo, assim como a Prefeitura e os empresários."
Esta luta pode significar valorizar o "transporte coletivo-público de qualidade" e coisas importantes, tais como “a necessidade de se taxar os ricos”; “a necessidade de se taxar o transporte individual para valorizar o coletivo-público”; “necessidade de superação da lógica de direcionamento de verbas no Brasil que privilegia o capital especulativo”. O movimento questionaria “as contradições centro-periferia em  metrópoles como a de São Paulo”. É necessário trazer mais empregos, redes de serviço, opções de lazer e infra-estrutura na periferia, pois está quase tudo concentrado na região central. Temos de levar a "periferia para o centro", mas temos que levar "infra-estrutura para a periferia" sem isto significar especulação imobiliária (com supervalorização do preço dos terrenos/IPTU e aluguéis). Precisamos superar e enterrar a lógica capitalista de especulação imobiliária. O movimento do passe-livre é importante, pois sinaliza uma superação das contradições da sociedade capitalista. Mas é preciso politizar mais para que alcancemos isso.
Depois de ir a atos, percebo algumas coisas, tais como que o movimento está sem comando e desorganizado. As pessoas "vão e vem que nem barata-tonta" e não decidem o que fazer, etc. Isto por outro lado é positivo, pois confunde a polícia. Justamente pela falta de comando e espontaneísmo, este movimento está em disputa por vários grupos, o que é perigoso. Disputam o movimento pessoas de partido de esquerda (de ultras à tradicionais como PSTU/PSOL), grupos anarquistas e burgueses (que estão na grande mídia, etc).
Percebi que existe uma grande insatisfação com os partidos políticos, principalmente com os de esquerda. Isto é culpa do PT que abandonou os movimentos sociais e virou mais um partido burocrata que reproduz o sistema capitalista.
Esta insatisfação com os partidos de esquerda é negativa, pois dá margem à manobra de alguns grupos. A burguesia tem se aproveitado para dizer que "nenhum partido de esquerda é bom" e que somente eles são bons. Também tenho medo que daí nasça um movimento fascista (que nem ocorreu na Espanha-Itália) e que se tente um golpe de Estado "fechando parlamentos com partidos que não funcionam".
Os anarquistas também estão se apropriando desta insatisfação com os partidos políticos de esquerda e estão tentando levar vantagem no movimento. Estão reprimindo os partidos de esquerda nos atos (principalmente PSTU e PSOL), mas são oportunistas, pois "escondem suas bandeiras" e tentam se aproveitar do "clamor popular" para agredir-reprimir militantes de esquerda. Estes militantes anarquistas não levam bandeiras e nem camisas de grupos. Antonio Gramci já dizia:
"Os 'partidos' podem se apresentar com os mais diversos nomes, incluindo o de antipartido ou de 'negação de partidos'. Na realidade, até os chamados 'individualistas' são homens de partido, apenas gostariam de ser 'chefe de partido' pela graça de Deus ou da imbelicidade de quem os segue."
Este movimento possui suas limitações justamente pelo caráter espontaneísta e apartidário, mas tenho esperanças que mais coisas podem ser alcançadas por este movimento, que se nasça uma "frente de esquerda" e uma perspectiva de superação de paradigma civilizatória (morte do sistema capitalista). Entretanto, vejo que coisas boas estão acontecendo: como o fim do "imobilismo apático" do brasileiro (principalmente de sua juventude), uma consciência política em seus participantes (que poderia ser melhor se houvesse mais organização no movimento) e uma pressão-choque nos políticos brasileiros que devem governar para o povo.
É necessário que os militantes dos partidos de esquerda façam uma profunda avaliação do atual movimento. O movimento poderia se aliar mais às causas populares, como as de moradia urbana, para garantir credibilidade e se popularizar ainda mais.
Quem sabe que se de agora em diante o brasileiro vai sempre para a rua expor sua opinião e pressionar os políticos. Quem sabe se conseguíssemos superar a sociedade capitalista. Quem sabe possamos conseguir que tenhamos uma participação popular em todas as decisões sociais. Quem sabe se conseguíssemos acabar com as desigualdades de classes sociais e dividirmos as riquezas entre todas as pessoas.
Sonha é bom.

Lutar é melhor ainda.