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sábado, 27 de junho de 2020

ARTIGO_AZIZ_A quem serve a transposição do Rio São Francisco

         Pra refrescar a memória sobre a transposição do Rio São Francisco.  
     O mestre Aziz Ab'Saber era contra esta obra, que mais beneficiou os sertanejos ricos do agronegócio do que o sertanejo ribeirinho pobre.   
Bolsonazi quis "gozar com o pau dos outros", pois "inaugurou" o trecho da obra como se fosse dele.  
      Esta obra de transposição do Rio São Francisco foi idealizada pelo Dom Pedro II (alguns dizem que foi pelo Antônio Conselheiro, "sertão vai virar mar/Mar vai virar sertão"), mas foi mais de 90% realizada nos governos petistas (quando o Ciro Gomes era ministro de Lula).  
      Entretanto, temos que sair das ilusões a respeito da obra, pois a água não está indo pro sertanejo pobre.  Aziz Ab'Saber era contra a obra e ela também era combatida pelos movimentos sociais locais, pois a água "objetivava abastecer, sobretudo, o agronegócio e o hidronegócio" (como disse meu camarada Amarildo Vieira).   A água não está chegando para o sertanejo ribeirinho pobre. Atende mais aos "interesses dos bancos, construtoras, agronegócio,  hidronegócio e as oligarquias locais" (VIEIRA, Amarildo).
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A quem serve a transposição do São Francisco? Artigo de Aziz Ab´saber


É compreensível que em um país de dimensões tão grandiosas, no contexto da tropicalidade, surjam muitas ideias e propostas incompletas para atenuar ou procurar resolver problemas de regiões críticas. Entretanto, é impossível tolerar propostas demagógicas de pseudotécnicos não preparados para prever os múltiplos impactos sociais, econômicos e ecológicos de projetos teimosamente enfatizados.
Nesse sentido, bons projetos são todos aqueles que possam atender às expectativas de todas as classes sociais regionais, de modo equilibrado e justo, longe de favorecer apenas alguns especuladores contumazes. Pessoalmente, estou cansado de ouvir propostas ocasionais, mal pensadas, dirigidas a altas lideranças governamentais. Nas discussões que ora se travam sobre a questão da transposição de águas do São Francisco para o setor norte do Nordeste Seco, existem alguns argumentos tão fantasiosos e mentirosos que merecem ser corrigidos em primeiro lugar. Referimo-nos ao fato de que a transposição das águas resolveria os grandes problemas sociais existentes na região semi-árida do Brasil.
O Nordeste Seco, delimitado pelo espaço até onde se estendem as caatingas e os rios intermitentes, sazonários e exoreicos (que chegam ao mar), abrange um espaço fisiográfico socioambiental da ordem de 750.000 quilômetros quadrados, enquanto a área que pretensamente receberá grandes benefícios abrange dois projetos lineares que somam apenas alguns milhares de quilômetros nas bacias do rio Jaguaribe (Ceará) e Piranhas/Açu, no Rio Grande do Norte. Portanto, dizer que o projeto de transposição de águas do São Francisco para além Araripe vai resolver problemas do espaço total do semi-árido brasileiro não passa de uma distorção falaciosa.
Um problema essencial na discussão das questões envolvidas no projeto de transposição de águas do São Francisco para os rios do Ceará e Rio Grande do Norte diz respeito ao equilíbrio que deveria ser mantido entre as águas que seriam obrigatórias para as importantíssimas hidrelétricas já implantadas no médio/baixo vale do rio – Paulo Afonso, Itaparica, Xingó.
Devendo ser registrado que as barragens ali implantadas são fatos pontuais, mas a energia ali produzida, e transmitida para todo o Nordeste, constitui um tipo de planejamento da mais alta relevância para o espaço total da região. De forma que o novo projeto não pode, em hipótese alguma, prejudicar o mais antigo, que reconhecidamente é de uma importância areolar.
Segue-se na ordem dos tratamentos exigidos pela ideia de transpor águas do São Francisco para além Araripe a questão essencial a ser feita para políticos, técnicos acoplados e demagogos: a quem vai servir a transposição das águas?
Os “vazanteiros” que fazem horticultura no leito dos rios que “cortam” – que perdem fluxo durante o ano-serão os primeiros a ser totalmente prejudicados. Mas os técnicos insensíveis dirão com enfado: “A cultura de vazante já era”.
Sem ao menos dar qualquer prioridade para a realocação dos heróis que abastecem as feiras dos sertões. A eles se deve conceder a prioridade maior em relação aos espaços irrigáveis que viessem a ser identificados e implantados. De imediato, porém, serão os fazendeiros pecuaristas da beira alta e colinas sertanejas que terão água disponível para o gado, nos cinco ou seis meses que os rios da região não correm.
Um projeto inteligente e viável sobre transposição de águas, captação e utilização de águas da estação chuvosa e multiplicação de poços ou cisternas tem que envolver obrigatoriamente conhecimento sobre a dinâmica climática regional do Nordeste. No caso de projetos de transposição de águas, há de ter consciência que o período de maior necessidade será aquele que os rios sertanejos intermitentes perdem correnteza por cinco a sete meses.
Trata-se, porém, do mesmo período que o rio São Francisco torna-se menos volumoso e mais esquálido. Entretanto, é nesta época do ano que haverá maior necessidade de reservas do mesmo para hidrelétricas regionais.
A afoiteza com que se está pressionando o governo para se conceder grandes verbas para início das obras de transposição das águas do São Francisco terá conseqüências imediatas para os especuladores de todos os naipes. Existindo dinheiro – em uma época de escassez generalizada para projetos necessários e de valor certo -, todos julgam que deve ser democrática a oferta de serviços, se possível bem rentosos. Será assim, repetindo fatos do passado, que acontecerá a disputa pelos R$ 2 bilhões pretendidos para o começo das obras.
*Aziz Ab´Sáber é geógrafo, professor e escritor, é uma das figuras mais proeminentes do ambientalismo brasileiro. Professor-Doutor em Geografia Física (USP), ganhador do prêmio Ciência e Meio Ambiente da Unesco, tem mais de 300 trabalhos publicados sobre a geografia brasileira, também foi presidente da SBPC e do Condephaat e diretor do Instituto de Geografia da USP.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

ATIVIDADE_Trabalho no Brasil Colonial

Observe as imagens abaixo e diga as características do trabalho realizado nas usinas de cana-de-açúcar, fazendas de café, extração de pau-brasil, extração de borracha, extração de ouro e nas plantações de algodão.

Fale sobre quem eram os trabalhadores e sobre as condições de trabalho.

Quem lucrava com esta produção?


 Trabalho na usina de CANA-DE-AÇÚCAR


Trabalho na plantação de CAFÉ


Trabalho na extração de PAU-BRASIL


Trabalho nas MINAS DE OURO


Extração de BORRACHA


Trabalho na plantação de ALGODÃO

Bacia Hidrográfica Amazônica: rios principais navegáveis, barragens e eclusas



Bacia Hidrográfica Amazônica: rios principais navegáveis, barragens e eclusas

Atividade sobre evolução étnica da população brasileira analisando tabela




Responda às questões:
1)      Qual grupo étnico no Brasil tem a maior quantidade?
2)      Qual grupo étnico no Brasil mais cresceu e qual mais diminuiu nos últimos anos?
3)      O Brasil é um país racista? Justifique sua resposta.
4)      Haviam mais de 8 milhões de grupos indígenas no Brasil antes dos portugueses virem a este país  em 1500.  Atualmente são menos de 1 milhão de pessoas. O que houve?

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Exercícios sobre a Formação do Território Brasileiro


FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

ECONOMIA DO BRASIL COLONIAL E IMPERIAL  - SÉCULOS XVI AO XIX

HISTÓRIA E MARCHA DO POVOAMENTO E URBANIZAÇÃO DO BRASIL


Responda às questões:
1)      Analise a formação do território brasileiro na sequência dos 4 primeiros mapas e diga porque o território brasileiro se expandiu para o interior?
2)      Relacione a expansão do território brasileiro com as atividades econômicas que eram realizados no Brasil Colonial.
3)      Quais eram as principais atividades econômicas realizadas no Brasil Colonial (1500 à 1822, Mapas 1, 2 e 3 da “Formação do Brasil Colonial e Imperial – séculos XVI â XIX”)?
4)      Quais eram as principais atividades econômicas realizadas no Brasil Imperial (1822 à 1889, Mapa 4 da “Formação do Brasil Colonial e Imperial – séculos XVI â XIX”)?
5)      Por que o território brasileiro começou a ser povoado na região litorânea?
6)      Explique as razões do por que o território brasileiro ainda ser bastante povoado nas regiões litorâneas.