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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

REFLEXÕES acerca do filme APOCALYPTO


    O Império Maia foi maior que o Inca e o Asteca, mas estavam em uma enorme decadência quando os espanhóis chegaram. 

   Apesar do filme APOCALYPTO esteriotipar um pouco os Maias, este retratou bem o Império Maia, suas contradições e as desigualdades. Uma sociedade dividida em classes sociais leva àquele terror todo.

   O final é ambíguo porque os espanhóis chegando não significa que os indígenas oprimidos serão libertados pelos "heróis cristãos europeus", mas que o Império Maia iria cair gradativamente. 
     Não acho que generaliza os povos indígenas, pois é necessário que os concebemos diferenciadamente (eles eram diferentes produtivamente e socialmente). 
    Apesar dos progressos científicos dos impérios Maia/asteca/inca, eles eram escravistas e possuíam classes sociais. Toda sociedade dividida em classes sociais possui abusos como vimos no filme, e em uma sociedade teocrática as coisas são piores ainda. 
  Não acho que reproduza preconceitos contra os povos pré-colombianos de maneira direta, mas creio que seja necessário passar o filme APOCALYPTO e em logo seguida passar A MISSÃO para não passarmos a falsa mensagem que os europeus cristãos colonizadores "libertaram os indígenas", pois eles foram iguais ou piores que os Maias.



     Não tem santo nesta história, mas os Maias sofreram com os espanhóis o mesmo que faziam com os povos que escravizavam.



LISTA dos melhores FILMES que falam da história/geografia da AMÉRICA

Farei uma lista dos melhores filmes que falam da história/geografia da América:

- APOCALYPTO (contradições e conflitos dos povos pré-colombianos, declínio do Império Maia)

- 1492: A CONQUISTA DO PARAÍSO (conjuntura da viagem de Colombo para a América, as dificuldades da viagem, contato dos europeus com indígenas, as contradições e a ganância européia pelo ouro)

- A MISSÃO (conflitos dos jesuítas e escravagistas indígenas na América do Sul e as missões)

- UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA (destaco a passagem que fala da escravidão dos indígenas no Brasil e a passagem da BALAIADA)

- DIÁRIOS DE MOTOCICLETA (viagem de Ernesto Guevara pela América do Sul antes dele virar CHE, conscientização social, contradições sociais e geografia)


- Também destaco os filmes "TERRA VERMELHA", "ENTERREM MEU CORAÇÃO NA CURVA DO RIO", "DANÇA COM LOBOS", "ÚLTIMO DOS MOICANOS", ...

ATIVIDADE FILME "1492 - A Conquista do Paraíso"

1) Por que Colombo resolveu fazer uma rota marítima diferente? 


2) Quem  Colombo teve de enfrentar para poder navegar? Porque?


3) Como Colombo conseguiu navegar? O que ele teve de fazer?


 4) O que acontecia com as pessoas que questionavam o clero?


5)De que países asiáticos saíam as mercadorias compradas pelos europeus?


6) O que realmente interessou Colombo e os burgueses europeus na América?


7) Explique o que Colombo e os burgueses europeus queriam fazer na Ásia e também com o ouro-prata dos indígenas americanos?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Reflexões acerca da greve dos professores da rede estadual de São Paulo em 2015

Reflexões acerca da greve dos professores da rede estadual de São Paulo em 2015

Wladimir Jansen Ferreira (EE Nigro Gava)

No primeiro semestre de 2015 ocorreu a maior greve derrotada da história dos professores da rede estadual de São Paulo. Apesar de ser a maior greve da história em dias (92), esta foi derrotada politicamente e economicamente, não tendo nada de vitorioso.
Não havia uma mobilização da categoria para a decretação da greve, apesar ser vontade da maioria das forças políticas presentes na esvaziada Assembléia de 13/03 que decretou o seu início. A categoria estava desmobilizada pelas constantes derrotas das greves dos últimos anos (sendo que a greve anterior de 2013 havia acabado melancolicamente com a manipulação do resultado da Assembléia pela Bebel/Articulação do PT). A APEOESP estava desmoralizada e impotente pela ação desmobilizadora da burocracia no interior do sindicato e ressentida pelas manobras burocráticas ocorridas no último Congresso em 2014 (que levou à uma retirada das oposições deste).
Foi decretado a greve no dia 13/03/2015 com a menor presença de professores em uma Assembléia da categoria (menos de 4 mil professores), demonstrando que a mobilização era muito pequena. Para piorar, a “Articulação Sindical” manipulou esta assembléia para a participação no ato “pró-governo Dilma” que aconteceria logo em seguida (este que tentaria se opor ao primeiro ato da direitas que se realizaria no dia 15/03/2015). Acertadamente alguns professores se retiraram do ato pró-governo Dilma logo ao fim da Assembléia da categoria. Apesar desta divisão, houve uma confusão na categoria, pois esta entendeu que todo o movimento era de apoio ao governo Dilma e não pelas reivindicações dos professores. Custou muito trabalho dos “Comandos de Greve” para que esta confusão fosse esclarecida.
Discordo das posições que defendiam que a greve poderia ter começado somente no dia 30/03, quando ocorreria uma negociação com o governo Alckmin. Entendo que uma greve possa ser construída de duas formas: “chamada pela direção” ou “nascida espontaneamente pela base”. Pelo sindicato ser dirigido estadualmente pela “Articulação Sindical” (que comanda desorganizadamente-despolitizadamente a APEOESP) e pela crise do sindicato, foi acertado que se decretasse a greve no dia 136/03/2015 para se “testar a política”. Correríamos o risco da greve nunca ser decretada, se esperássemos a mobilização da base, ainda mais em um cenário de desmobilização da luta e do sindicato.
A greve falhou por vários motivos, começando que não era clara a ordem de prioridades. A pauta estava extensa e que a reivindicação de 75% de aumento salarial era maior que as pernas. Talvez o ideal fosse defender a luta pela reposição de 37% de perdas do governo Alckmin.
Graças à atuação dos “Comandos de Greve”, esta se fortaleceu no final do mês de Março e se manteve durante boa parte do mês de Abril, mas não chegou à uma adesão de mais de 40%. Nos dias de Assembléia estadual, esta mobilização aumentava para 60% e 70%, mas depois retrocedia aos níveis iniciais. As Assembléias Regionais eram muito esvaziadas (com exceção de algumas), não chegando à uma participação de 5% à  10% de filiados regionais.
Aos poucos a greve foi enfraquecendo e deveríamos ter defendido o recuo da greve no começo de Maio. Infelizmente se fez mais forte a pressão dos ultra-esquerdistas/horizontalistas e da “Articulação Sindical” que defenderam a continuidade da greve. A defesa do recuo da greve começou a ser defendida somente na primeira semana de Junho.
O fracasso da greve  aumentou a desfiliação no sindicato e o descrédito da categoria na luta sindical. Os grupos horizontalistas e ultra-esquerdistas se fortaleceram, mas é necessário criticar suas políticas e seus métodos. Estes fizeram um jogo-duplo, mais preocupados em defender a “Articulação Sindical e criticar a Oposição Alternativa”, do que criticar o governo Alckmin.
Infelizmente a “Unidade na Ação” com a “Articulação Sindical” significou uma capitulação à política da “burocracia sindical”. O correto seria denunciar constantemente a “burocracia sindical” nas Assembléias e nos “Comandos de Greve”, mostrando que não tínhamos confiança nenhuma na Bebel e que defenderíamos “rebeliões de base” nas primeiras traições (que ocorreram o tempo todo no período de greve), “passando por cima” das direções burocráticas.
Também deveria ser necessário se defender a criação de “Comandos de Base” (ou um “Comando Geral de Mobilização”) que se oporia ao burocrático CR, aonde teríamos a eleição de militantes da base que decidiria os rumos e a organização da greve. Os integrantes deste Comando deveriam ser eleitos pelas subsedes, aonde a vanguarda tem um maior poder de decisão. Isto poderia mudar o rumo de nossa Assembléia, superando – inclusive – o “desvio mandelista” de nossa greve (onde a política seria decidida não mais pela vanguarda, mas pelas massas).
Outro motivo de nossa greve fracassar foi a não construção de uma “unificação das lutas”, fato que também contribuiu ao esgotamento e isolamento de nossa greve. Foi correta a iniciativa de exigência que a CNTE unificasse nacionalmente as lutas dos “trabalhadores da educação e dos estudantes”. Entretanto, não foi construída uma unificação com os “servidores públicos e das estatais do estado de São Paulo” (garis, Sabesp, Metrô, funcionários de universidades, etc) que estavam em ampla mobilização. Também não foi construída uma unidade com as “entidades do magistério” (CPP, UDEMO, APASE e AFUSE), que, por mais que estivessem colaborando com Alckmin na “farsa da negociação”, deveríamos ter mobilizado suas bases para a construção de uma greve unificada. Deveríamos ter construído calendários unificados para buscar furar o bloqueio da unificação de lutas pelas direções burocráticas.
Apesar dos erros, não podemos nos deixar esmorecer e nem nos achar desmoralizados. Temos que confiar na mobilização e na atuação na base para continuar a luta pelas reivindicações da categoria. Bons ventos sopraram do movimento contra a reorganização da rede estadual de São Paulo e reacendeu a chama da esperança.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Pirâmides Etárias no Brasil em 3 momentos - 1980, 2010 e 2050



Pirâmides Etárias no Brasil em 3 momentos - 1980, 2010 e 2050.








Média anual de Imigração e Emigração - projeção para o período 2010-2050






Média anual de Imigração e Emigração - projeção para o período 2010-2050.

Atividades do filme "O ÓDIO"


O contexto é de uma insurreição popular de moradores da periferia de Paris (principalmente imigrantes), pois o imigrante Abdel Ichah foi espancado em um interrogatório policial e estava em coma.
São três os personagens principais.
Said é um norte-africano, com a sexualidade “à flor da pele” e desesperançoso para o futuro, sendo que sua irmã está envolvida com drogas.
Hubert é negro, maduro, canaliza raiva para o boxe (cuja academia de boxe que ele ministrava foi depredada e incendiada nos conflitos dos dias anteriores) e complementa a sua renda vendendo drogas.
Vinz era um judeu, raivoso e com sinais de esquizofrenia (via vacas andando pela cidade). É angustiado, pois tem o sonho de ser gangster, mas lamenta por ser um dos únicos do bairro a não ter sido preso. A criminalidade é uma grande possibilidade de alcançar status social, mas não consegue reproduzir os códigos de violência da criminalidade. Mora com a irmã, mãe e avó (que vive reclamando que os netos não respeitavam mais a tradição). Achará uma arma e estabelecerá uma “relação instantânea de poder”, querendo matar algum policial para se vingar da agressão e da morte de Abdel Ichah.

1.    Os Imigrantes foram e são importantes para os europeus?

2.    O que é xenofobia? Por que ela existe?

3.    Qual a função da polícia? Para que e para quem ela serve?

4.    Houve abuso policial em algum momento no filme? O que você acha a respeito disso?

5.    Por que estava ocorrendo uma insurreição popular em Paris? Isso era vandalismo?

6.    Podemos afirmar que os moradores da periferia parisiense estavam marginalizados e sem perspectiva de vida? Por que?

7.    Cite alguns elementos do Hip-Hop que aparecerá no filme?

8.    Explique a citação: “ódio traz mais ódio”.

9.    O que acontece quando Vinz, Said e Hubert vão para o centro de Paris? Por que eles não acabam se encaixando na vida do centro de Paris?


Mais informações em: https://oolhoderramado.wordpress.com/2011/09/14/la-haine/